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Venezuela acusa EUA de assassinato e convoca exercícios militares após ataque com 11 mortos

O Ministro da Defesa venezuelano, Vladimir Padrino López, denunciou veementemente o ataque realizado pelos Estados Unidos contra um barco que supostamente transportava narcotraficantes, resultando na morte de onze pessoas. Em pronunciamento oficial, Padrino López classificou a ação como uma execução sumária ilegal e uma clara violação da soberania venezuelana, prometendo uma resposta firme. Esta acusação eleva o nível de tensão entre os dois países, que já possuem relações diplomáticas severamente danificadas devido a sanções e ao apoio americano à oposição venezuelana.

Em resposta à agressão, o presidente Nicolás Maduro ordenou a imediata convocação de exercícios militares em larga escala ao longo da costa caribenha venezuelana. A manobra, denominada ‘Vigília Soberana’, tem como objetivo demonstrar a capacidade de defesa do país e alertar contra futuras incursões estrangeiras em seu território. A mobilização de forças aéreas, navais e terrestres visa reforçar a presença militar e a capacidade de resposta em caso de novas ameaças, consolidando uma postura de resistência e soberania ante o que o governo descreve como imperialismo americano.

A operação americana, cuja autoria foi confirmada por fontes da Casa Branca, alegou ter como alvo uma embarcação ligada a atividades ilícitas de narcotráfico, partindo do território venezuelano. A Marinha dos EUA justificou a ação citando a necessidade de combater o tráfico internacional de drogas, especialmente em rotas marítimas estratégicas. No entanto, a Venezuela contesta a operação, afirmando que as vítimas não eram criminosos e que o ataque foi desproporcional e sem o devido processo legal, caracterizando-o como um ato de pirataria estatal e assassinato.

As declarações venezuelanas ecoam preocupações sobre a possibilidade de uma escalada militar na região do Caribe, com o governo de Maduro buscando apoio internacional e alertando para as consequências de ações unilaterais dos Estados Unidos. Analistas internacionais observam com apreensão a situação, lembrando de períodos de alta tensão entre Caracas e Washington. A retórica forte de ambos os lados sugere um cenário complicado, onde a desconfiança mútua e a disputa por influência regional podem levar a desdobramentos imprevisíveis, impactando a estabilidade da América Latina.