O velório do renomado sambista Arlindo Cruz se transformou em uma emocionante celebração de sua vida e obra, reunindo diversas personalidades do mundo da música, familiares, amigos e uma multidão de fãs. Segundo relatos, a quadra do Império Serrano, local da cerimônia, foi tomada por uma atmosfera de saudade, mas também de profunda admiração pelo artista, que deixou um legado inestimável para a música brasileira. A presença do samba, marca registrada de Arlindo, ecoou pelo espaço com batucadas vibrantes e a interpretação de seus maiores sucessos, proporcionando um momento de união e conforto para todos os presentes. O ambiente foi permeado por cantos de candomblé, em uma clara demonstração de respeito às raízes e crenças do artista, evidenciando a diversidade cultural que o caracterizava. A Prefeitura do Rio de Janeiro decretou luto oficial de três dias, reconhecendo a importância de Arlindo Cruz para a cultura da cidade e do país, e milhares de pessoas acompanharam a despedida do ídolo nas redes sociais e através de homenagens espontâneas em diversos pontos da cidade. O ritual do gurufim, uma tradição afro-brasileira que marca os últimos momentos de despedida, também esteve presente, reforçando a conexão do sambista com suas origens e a espiritualidade que o acompanhava. A notícia da sua partida gerou comoção nacional, com a imprensa de todo o país repercutindo a perda, desde a sua importância musical até questões sobre seu espólio e herança, que serão cuidadosamente administrados para sua família, demonstrando o impacto multifacetado de sua trajetória. A memória de Arlindo Cruz continuará viva através de suas músicas, que certamente continuarão a embalar gerações, e através das lembranças de um artista que soube como poucos traduzir a alma do samba e a alegria de viver em suas composições. Sua partida representa uma grande perda para a música brasileira, mas seu legado transcende sua ausência física, permanecendo eternizado em cada nota e em cada verso de suas canções.