O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, tem se visto em meio a uma polêmica após realizar comparações entre o ex-presidente Jair Bolsonaro e o líder revolucionário cubano Ernesto Che Guevara. A declaração, que gerou surpresa e críticas, foi prontamente seguida por uma tentativa de contextualização por parte de Costa Neto, que buscou esclarecer o teor de sua fala e o que ele quis transmitir com tal analogia. A comparação, aparentemente inusitada, parece ter o objetivo de traçar paralelos a respeito de figuras que, de alguma forma, geraram forte impacto e polarização em seus respectivos contextos históricos e políticos. É importante analisar as motivações por trás dessas afirmações para compreender as estratégias de comunicação política em curso. Adicionalmente, Valdemar Costa Neto também manifestou sua visão sobre a situação jurídica do ex-presidente, apontando Donald Trump como a única alternativa viável para que Bolsonaro escape de uma eventual condenação. Essa posicionamento revela uma clara estratégia de aliança e busca de apoio internacional em um momento delicado para o ex-chefe do executivo. A referência a Trump sugere uma crença na influência e no poder de articulação do ex-presidente dos Estados Unidos em matters políticos e judiciais, mesmo fora da Casa Branca. A articulação entre essas duas frentes de declaração – a comparação com Che Guevara, por um lado, e a aposta em Trump, por outro – demonstra o complexo cenário político enfrentado por Bolsonaro e seus aliados. A busca por narrativas que ressoem com seu eleitorado, ao mesmo tempo em que se tenta criar pontes com outras forças políticas, mesmo que de forma controversa, é uma tática recorrente no jogo político, visando a manutenção de relevância e a mobilização de apoio. Essa movimentação de Valdemar Costa Neto coloca em pauta não apenas a estratégia política do PL e de Bolsonaro, mas também as dinâmicas de alianças no cenário conservador nacional e internacional. A forma como essas declarações serão recebidas e repercutidas poderá impactar significativamente o futuro político de seus protagonistas, especialmente em relação às aspirações eleitorais e à imagem pública de ambos os líderes mencionados. A capacidade de justificar comparações tão díspares e de projetar soluções externas para problemas internos definirá a eficácia dessas estratégias de comunicação e articulação política.