Valdemar Costa Neto, figura proeminente no cenário político brasileiro, reacendeu o debate sobre o futuro político do ex-presidente Jair Bolsonaro. Em declarações recentes, Costa Neto aponta que a candidatura de Bolsonaro em 2026 seria um caminho viável, especialmente se ele estivesse livre de processos judiciais. Essa perspectiva, embora otimista para os apoiadores de Bolsonaro, ignora as complexidades legais que o ex-presidente enfrenta, as quais podem de fato impedir sua participação em futuras eleições. A comparação com Donald Trump, o ex-presidente dos Estados Unidos, também foi uma tônica nas falas de Costa Neto, que vê semelhanças nas perseguições políticas sofridas por ambos os líderes e considera Trump uma esperança para Bolsonaro. Essa analogia, no entanto, é simplista, pois as bases e os contextos legais das acusações contra cada um são distintos, ainda que ambos se utilizem de narrativas de perseguição política. A declaração de que Trump seria a “única saída” reforça a visão de Costa Neto de um alinhamento ideológico e estratégico entre os dois líderes, posicionando-os como figuras centrais de um movimento conservador global que se opõe ao que consideram o avanço de ideologias de esquerda. Essa estratégia política, focada em um discurso de resistência e em figuras carismáticas, é uma tática comum, mas que muitas vezes não se sustenta diante de desafios estruturais e institucionais. É crucial analisar a viabilidade dessas projeções políticas tanto no contexto brasileiro quanto no internacional, considerando os diferentes sistemas jurídicos e eleitorais, além das opiniões públicas em cada país. A dependência de figuras externas como Trump para resolver questões internas em qualquer país levanta questionamentos sobre a soberania e a capacidade de autogestão política.