Pesquisas recentes divulgadas por importantes veículos de comunicação como Estadão, G1, InfoMoney, O TEMPO e Veja Saúde evidenciam uma associação promissora entre a vacina contra o herpes-zóster e a redução do risco de eventos cardiovasculares graves, como infartos e AVCs. Essa descoberta vai além do propósito original da vacina, que é proteger contra o vírus varicela-zóster, causador da doença. A inflamação sistêmica desencadeada pelo vírus zóster, mesmo em casos assintomáticos ou em fases iniciais, pode afetar os vasos sanguíneos, aumentando a probabilidade de formação de coágulos e o desenvolvimento de aterosclerose, um fator de risco significativo para infartos e AVCs. A vacina, ao estimular uma resposta imune eficaz contra o vírus, pode indiretamente mitigar esses processos inflamatórios vasculares. Acredita-se que, ao controlar a reativação do vírus e, consequentemente, a inflamação associada, a vacina possa oferecer uma camada adicional de proteção ao sistema cardiovascular, especialmente em populações mais vulneráveis, como idosos, que são os principais alvos da vacinação contra o herpes-zóster e também os mais suscetíveis a doenças cardiovasculares. A perspectiva de um benefício cardiovascular adicional com uma vacina já estabelecida representa um avanço notável na área da saúde preventiva, incentivando possivelmente a sua maior adoção e a realização de mais estudos para confirmar e quantificar esses efeitos protetores, abrindo caminhos para novas diretrizes de vacinação e estratégias de prevenção de doenças crônicas.