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União Brasil debate expulsão de Celso Sabino após apoio a Lula

A direção nacional do União Brasil agendou para a próxima quarta-feira (08/05/2024) uma reunião crucial para deliberar sobre a expulsão do deputado Celso Sabino, que atualmente ocupa o cargo de Ministro do Turismo no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A decisão de marcar este encontro surge como resposta direta à declaração de Sabino, que publicamente reafirmou seu apoio à gestão petista, mesmo diante das crescentes divergências internas no partido que apoia a oposição ao governo. Esta postura do ministro tem sido interpretada por muitos dentro do União Brasil como um ato de infidelidade partidária, o que pode selar seu destino na legenda.

A notícia da reunião se espalhou rapidamente, com diversas fontes confirmando a intenção do União Brasil de analisar a conduta de Sabino. O próprio líder do partido, Luciano Bivar, tem sido uma voz ativa na discussão, e a reunião funcionará como um fórum formal para que os membros da cúpula do partido exponham seus argumentos e votem sobre o futuro do ministro. A situação evidencia uma divisão clara entre a alta cúpula do União Brasil, que busca manter uma postura de oposição ao governo Lula, e segmentos do partido que demonstram maior abertura para o diálogo ou até mesmo para o alinhamento com a atual administração federal.

O desafio lançado por Celso Sabino à direção do União Brasil ao manter seu apoio explícito a Lula e aos seus projetos se tornou o principal catalisador para esta convocação. Defensores de Sabino, que também integram o partido, argumentam que sua permanência no Ministério do Turismo, cargo técnico, não deveria ser um impedimento para o alinhamento político do partido, mas essa visão não é unânime. A tensão interna se intensifica à medida que outros partidos aliados a Lula observam atentamente os desdobramentos, pois a definição sobre Sabino pode ter implicações em futuras alianças e nas dinâmicas políticas do cenário nacional.

A trajetória do União Brasil, formado pela fusão do DEM e do PSL, tem sido marcada por redefinições estratégicas desde sua fundação. A possibilidade de expulsar um de seus membros, ainda mais um ministro em exercício do governo federal, sinaliza a busca por uma definição clara de identidade política. O partido busca consolidar sua posição no espectro político, e a decisão sobre Celso Sabino será um teste significativo para a capacidade de coesão e para a estratégia de longo prazo do União Brasil, influenciando sua relação com o governo e com outros atores políticos.