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UFRJ repudia fala de professor que ameaçou Roberto Justus e família com guilhotina

A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) emitiu uma nota repudiando veementemente as declarações feitas por um de seus professores, que sugeriu o uso de guilhotina contra o empresário Roberto Justus e seus familiares. O episódio gerou grande repercussão nas redes sociais e na mídia, levantando debates sobre os limites da liberdade de expressão e a responsabilidade de professores em suas falas. A instituição ressaltou que as opiniões expressas pelo docente não refletem os valores e o posicionamento da UFRJ, que preza pelo respeito e pelo diálogo democrático. Neste contexto, é fundamental que o ambiente acadêmico, assim como a sociedade em geral, seja pautado pelo debate de ideias de forma construtiva e isenta de ameaças ou incitação à violência, especialmente quando direcionadas a indivíduos e seus entes queridos, configurando um grave atentado à dignidade humana e aos princípios democráticos. A polêmica se intensificou após a filha de Roberto Justus, Fabiana Justus, se tornar alvo de críticas e comentários negativos nas redes sociais, o que teria motivado a reação do professor. A situação escalou a ponto de o empresário considerar tomar medidas legais contra as manifestações, entendendo que ultrapassaram os limites do aceitável e configuraram uma forma de assédio e difamação. A resposta da UFRJ buscou demarcar sua posição institucional, dissociando-se das declarações do professor e reafirmando seu compromisso com um ambiente acadêmico ético e responsável. O caso também trouxe à tona discussões sobre a figura pública e a exposição de seus familiares, bem como sobre a responsabilidade de indivíduos com grande alcance, como professores universitários, em suas declarações online. Especialistas em direito e ética têm debatido o equilíbrio entre a liberdade de manifestação do pensamento, garantida pela Constituição, e a necessidade de coibir discursos que incitem o ódio, a violência ou que atentem contra a honra e a imagem de terceiros. A liberdade de expressão, embora um pilar fundamental de uma sociedade democrática, não é absoluta e encontra seus limites na garantia dos direitos e da dignidade de todos os cidadãos. Enquanto a UFRJ se posiciona contra as falas de seu professor, a repercussão do caso continua a gerar diferentes opiniões. Alguns defendem que o professor, mesmo que em um contexto de crítica, extrapolou o bom senso e a ética ao fazer ameaças explícitas de violência. Outros argumentam que a manifestação, por mais extrema que tenha sido, pode ser vista como uma forma de protesto contra o que consideram injustiças ou posições públicas questionáveis. Independentemente das nuances, o episódio serve como um alerta para a necessidade de um uso mais consciente e responsável das plataformas digitais e do poder da palavra, especialmente por parte de formadores de opinião.