Trump anuncia tarifa de 100% sobre a China e bolsas dos EUA despencam US$ 2 trilhões
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, chocou os mercados financeiros globais ao anunciar a imposição de uma tarifa de 100% sobre todos os produtos provenientes da China, com validade a partir de novembro. A medida, que representa uma escalada sem precedentes no conflito comercial entre as duas maiores economias do mundo, gerou um impacto imediato e severo nas bolsas americanas, com uma perda estimada em US$ 2 trilhões no valor de mercado. A decisão de Trump, motivada por supostas práticas comerciais desleais e roubo de propriedade intelectual por parte da China, eleva as tensões a um novo patamar, acendendo o alerta de especialistas sobre as consequências para a economia global. O anúncio ocorreu em um momento delicado para a economia mundial, já fragilizada pela instabilidade geopolítica e pela necessidade de recuperação pós-pandemia. A nova tarifa, que abrange essencialmente a totalidade dos bens importados da China, tem o potencial de desorganizar cadeias produtivas globalizadas e aumentar o custo de vida para consumidores em todo o mundo. Analistas apontam que a medida pode desencadear uma retaliação por parte da China, com a imposição de novas tarifas sobre produtos americanos, intensificando um ciclo de desconfiança e prejuízos mútuos. A reação dos mercados foi imediata e brutal. A bolsa de Nova Iorque e outras praças financeiras americanas registraram quedas expressivas logo após o pronunciamento de Trump. O índice Dow Jones, o S&P 500 e o Nasdaq sofreram perdas substanciais, refletindo o pessimismo dos investidores quanto ao futuro das relações comerciais sino-americanas. Empresas com grande exposição ao mercado chinês ou que dependem de componentes importados daquele país foram as mais afetadas, com suas ações depreciando rapidamente. A incerteza gerada pela guerra comercial acentua o receio de uma desaceleração econômica global. A indústria de tecnologia e o setor aeroespacial, onde a Boeing opera, já sentem os efeitos da instabilidade. Trump ameaçou impor controles de exportação de peças essenciais para a fabricação de aeronaves, caso a China responda com medidas punitivas. Essa retórica beligerante, somada às tarifas generalizadas, sinaliza um cenário de profunda incerteza para os negócios internacionais. O governo chinês ainda não se pronunciou oficialmente sobre o anúncio, mas espera-se uma resposta contundente nas próximas horas ou dias, o que poderá ditar o rumo da economia mundial nas próximas semanas.