Trump anuncia fim das negociações comerciais com o Canadá
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou na segunda-feira (28) o fim das negociações comerciais com o Canadá, em meio às conversas para a renegociação do Acordo de Livre Comércio da América do Norte (NAFTA). A declaração, feita através de sua conta no Twitter, pegou de surpresa o governo canadense e levanta novas incertezas sobre o futuro das relações comerciais entre os dois países vizinhos. Trump tem pressionado por um acordo mais favorável aos Estados Unidos, argumentando que os termos atuais do NAFTA prejudicam a economia americana e os trabalhadores do país. A postura firme do presidente americano tem sido uma marca de sua política externa e comercial, buscando redefinir acordos multilaterais sob a ótica do interesse nacional. A ausência do Canadá nas negociações, que agora se concentram com o México, intensifica a pressão sobre Ottawa para aceitar os termos propostos por Washington ou arriscar ficar fora do novo acordo, o que poderia ter sérias consequências econômicas para ambos os lados, especialmente para setores como o automotivo e o agronegócio, profundamente integrados pela vasta fronteira comum. O NAFTA, em vigor desde 1994, foi um marco na liberalização comercial da América do Norte, mas Trump tem sido um crítico ferrenho do pacto, considerando-o um dos piores acordos já assinados pelos Estados Unidos. A renegociação tem sido um dos pilares de sua agenda econômica, com o objetivo declarado de proteger empregos e indústrias americanas. A exclusão do Canadá, por ora, sugere que Trump pode estar confiante em um acordo bilateral com o México que possa servir de base para um futuro acordo com o Canadá, ou então uma estratégia para forçar concessões significativas do governo de Justin Trudeau, que tem defendido os interesses canadenses com firmeza. A economia canadense, em grande parte dependente do comércio com os Estados Unidos, enfrenta um cenário de apreensão com essa nova reviravolta nas negociações, que podem acarretar em tarifas e barreiras comerciais significativas caso um novo acordo não seja firmado em tempo hábil. O impacto nas cadeias de suprimentos globais e na confiança dos investidores também é uma preocupação a ser considerada neste contexto de intensa volatilidade comercial.