Trump Demite Lisa Cook do Federal Reserve e Intensifica Pressão por Cortes nos Juros
A demissão de Lisa Cook, que ocupava um cargo importante no Federal Reserve, representa uma escalada na já tensa relação entre a Casa Branca e o banco central dos Estados Unidos. Trump tem criticado publicamente o Fed e seu presidente, Jerome Powell, acusando a instituição de sufocar o crescimento econômico com políticas monetárias restritivas. A saída de Cook, vista por muitos como uma aliada de Powell e defensora de uma abordagem mais independente para o Fed, pode ser interpretada como uma tentativa de moldar a política monetária do país em benefício das metas econômicas da administração Trump. Cook, nomeada em 2018, era uma das vozes importantes nas discussões sobre a estabilidade financeira e a regulamentação bancária. Sua rápida remoção levanta questões sobre a autonomia do Fed e a possível politização de decisões que tradicionalmente são tomadas com base em análises técnicas e independentes. A comunidade econômica internacional observa com atenção os desdobramentos, dada a influência do Fed na economia global. A decisão também pode ter implicações nas futuras nomeações para o conselho do banco central, abrindo caminho para indicações mais alinhadas com a visão de política monetária do atual presidente. A pressão por cortes nos juros busca estimular o investimento e o consumo, mas especialistas alertam para os riscos de inflação e a formação de bolhas de ativos se a política for excessivamente expansionista. O Federal Reserve, por sua vez, tem a tarefa de equilibrar o crescimento com a estabilidade de preços, um mandato que Trump parece querer reinterpretar sob sua ótica de aceleração econômica a qualquer custo. A saída de Cook em meio a esse embate sinaliza um período de incerteza para a condução da política monetária americana e seus efeitos no cenário econômico mundial.