O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, emitiu um aviso contundente a Israel, afirmando que o país poderia perder o apoio incondicional dos EUA caso proceda com a anexação de territórios na Cisjordânia. Essa declaração, amplamente divulgada por veículos como a CNN Brasil e a Folha de S.Paulo, ecoa preocupações anteriores sobre a política israelense na região e a sua potencial desestabilização. A possibilidade de anexação, que já foi objeto de debate e forte oposição internacional, ganha novos contornos com a influência de uma figura tão proeminente na política americana, que historicamente demonstrou forte alinhamento com o governo israelense. Trump, em seu mandato, foi conhecido por medidas controversas que favoreceram Israel, como a transferência da embaixada americana para Jerusalém, o que torna sua advertência atual ainda mais significativa. A Cisjordânia, ocupada por Israel desde a Guerra dos Seis Dias em 1967, é um território central nas negociações de paz entre israelenses e palestinos. Anexar partes dela significaria a efetiva incorporação desses territórios sob soberania israelense, um movimento considerado ilegal pela maioria da comunidade internacional e que minaria as bases para a criação de um Estado palestino independente, um dos pilares da solução de dois Estados. A comunidade internacional, incluindo os Estados Unidos, tem historicamente defendido a negociação e o consenso para a resolução do conflito israelo-palestino, e a anexação é vista como um passo unilateral que inviabiliza o diálogo. Declarações de outros políticos americanos, como o senador Marco Rubio, também indicam que medidas de anexação por parte de Israel apresentam riscos significativos, podendo ameaçar acordos já estabelecidos ou a possibilidade de futuros acordos. O governo Biden, por sua vez, tem buscado manter uma posição de cautela, afirmando que Israel não avançará com a anexação, como reportado pelo Estadão, buscando evitar um conflito diplomático mais amplo e preservar a estabilidade na região. Esse cenário complexo reflete as tensões contínuas no Oriente Médio e o papel crucial dos Estados Unidos na mediação e manutenção da paz. As implicações de tal anexação vão além da diplomacia, impactando a vida de milhões de palestinos que vivem sob ocupação e influenciando o cenário geopolítico global.