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Trump autoriza operações terrestres na Venezuela; Maduro acusa CIA e pede cautela

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, confirmou ter autorizado a Agência Central de Inteligência (CIA) a conduzir operações terrestres na Venezuela, uma decisão que intensifica as tensões na região e aprofunda a crise política e humanitária no país sul-americano. A confirmação surge em meio a relatos divulgados pela imprensa americana, que apontam para um aumento das ações secretas dos EUA voltadas para desestabilizar o governo de Nicolás Maduro. Essa movimentação sinaliza uma nova fase na política externa dos EUA em relação à Venezuela, buscando apoiar a oposição e pressionar por uma transição política.

Em resposta direta às ações americanas, o presidente venezuelano Nicolás Maduro criticou veementemente o que chamou de “golpes de Estado da CIA” e acusou os Estados Unidos de tentativas de desestabilização. Maduro enfatizou que seu governo “não quer guerra” e que busca a paz, mas está preparado para defender a soberania do país. Ele anunciou que a Venezuela apresentaria uma queixa formal contra os EUA no Conselho de Segurança das Nações Unidas, buscando apoio internacional para condenar as ações americanas e evitar uma escalada de conflito. A diplomacia venezuelana tem trabalhado ativamente para angariar suporte de países aliados, como Rússia e China, para contrapor a pressão exercida pelos EUA e seus aliados regionais.

A situação na Venezuela é marcada por uma profunda crise econômica, hiperinflação, escassez de bens básicos e um êxodo em massa de seus cidadãos para países vizinhos, gerando uma crise migratória sem precedentes na América do Sul. A comunidade internacional está dividida sobre como lidar com o regime de Maduro, com alguns países reconhecendo o governo de transição liderado por Juan Guaidó e outros mantendo relações diplomáticas com o governo atual. A autorização de operações secretas, segundo analistas, pode aumentar o risco de ações paramilitares ou de apoio direto a grupos de oposição armada contra o governo Maduro.

Especialistas em relações internacionais alertam que a intervenção direta ou indireta dos EUA na Venezuela pode ter consequências imprevisíveis, incluindo o agravamento da instabilidade regional e um potencial aumento da violência interna. A Administração Trump tem mantido uma postura firme contra Maduro desde o início de seu mandato, impondo sanções econômicas e apoiando os esforços da oposição para desalojar o presidente. A decisão de autorizar operações terrestres, no entanto, representa um passo significativo na intensificação dessas ações, levantando preocupações sobre a possibilidade de um conflito mais amplo e prolongado no país.