Trump afirma que acordo de paz para Ucrânia está perto, mas Zelensky aponta divergências territoriais com Rússia
O cenário para o encerramento da guerra na Ucrânia tem sido marcado por declarações contrastantes de diferentes atores. Donald Trump, ex-presidente dos Estados Unidos, expressou um otimismo considerável, afirmando que um acordo para pacificar a região está “mais próximo do que nunca”. Essa perspectiva sugere que as negociações, que se arrastam há meses, poderiam estar a ponto de alcançar um ponto crucial, alimentando esperanças de um fim para o conflito que tem assola a Europa Oriental.
No entanto, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, apresentou uma visão mais cautelosa, destacando que ainda existem divergências significativas entre a Ucrânia e a Rússia, especialmente no que diz respeito à cessão de territórios. Essa ressalva é crucial, pois a integridade territorial tem sido um dos pilares centrais da posição ucraniana, e qualquer concessão nesse sentido representa um ponto de alta sensibilidade. A posição de Zelensky indica que, apesar do progresso diplomático mencionado por outros atores, os obstáculos para um acordo definitivo permanecem robustos e complexos.
Paralelamente, a questão da adesão da Ucrânia à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) continua a ser um ponto de atrito e especulação. Um especialista na área, citado pelo R7 Notícias, minimizou a probabilidade de uma entrada efetiva da Ucrânia na aliança militar em um futuro próximo, afirmando que essa possibilidade “não iria acontecer de maneira nenhuma”. Essa declaração pode ser interpretada como um reflexo das complexas dinâmicas geopolíticas e das preocupações de segurança de outras nações, especialmente da Rússia, que vê a expansão da Otan para perto de suas fronteiras como uma ameaça direta.
Relatórios vindos dos Estados Unidos apontam para um avanço considerável nas negociações, com a Gazeta do Povo reportando que cerca de 90% das divergências entre Ucrânia e Rússia já teriam sido superadas. Complementando essa informação, o Estadão noticiou que os EUA oferecem garantias de segurança à Ucrânia, semelhantes às oferecidas pela Otan, na expectativa de que a Rússia aceite um acordo de paz. Essas garantias poderiam funcionar como um elemento de segurança para a Ucrânia, mesmo sem a adesão formal à Otan, e representam um esforço diplomático americano para destravar as negociações e alcançar a paz desejada.