Travis Scott agita São Paulo com show energético no The Town, mas deixa público dividido
Travis Scott, conhecido por sua energia contagiante no palco e seus mega shows, subiu ao palco principal do The Town 2025 em São Paulo na noite de sábado, atraindo uma multidão ansiosa para presenciar sua performance. O artista entregou sucessos de seu repertório, como Goosebumps e SICKO MODE, acompanhado de efeitos visuais grandiosos, pirotecnia e uma interação intensa com o público. A expectativa era alta, considerando seu histórico de apresentações memoráveis em outros festivais ao redor do mundo. A produção impecável, com telões de alta resolução e um sistema de som potente, contribuiu para criar uma atmosfera imersiva, característica dos eventos de grande porte. Apesar da energia demonstrada pelo rapper, a apresentação não foi isenta de críticas. Houve relatos de um setlist que, para alguns, deixou a desejar, com poucas músicas novas ou inéditas em comparação com outros shows recentes. A cronometragem do show, que seguiu rigorosamente o horário estipulado, também foi apontada como um fator que limitou a profundidade da performance, impedindo talvez improvisos ou extensões de suas canções mais aclamadas. Essa rigidez horária, comum em grandes festivais que precisam gerenciar diversos artistas, pode ter impactado a experiência de parte da audiência que esperava um espetáculo mais longo e experimental. O The Town, em sua primeira edição, busca consolidar São Paulo como um palco relevante para grandes nomes internacionais da música, e a presença de Travis Scott se insere nesse contexto de atrair um público diversificado e ávido por novidades e experiências musicais de ponta. A gestão do tempo e a curadoria musical são desafios constantes para a organização desses eventos, que precisam equilibrar os interesses dos artistas, do público e a logística do festival. A performance de Travis Scott no The Town 2025 levanta discussões sobre a dinâmica dos festivais modernos e as expectativas do público em relação aos artistas. Enquanto muitos exaltaram a qualidade sonora e visual, outros lamentaram a falta de surpresas e a brevidade de certas músicas, que foram rapidamente sucedidas por outras. Essa dualidade na recepção é comum em eventos de escala massiva, onde a experiência individual pode variar significativamente dependendo das expectativas e do posicionamento de cada espectador na plateia. A gestão de carreira de um artista como Travis Scott envolve não apenas a criação musical, mas também a entrega de shows que reforcem sua imagem e marca, mantendo um alto nível de engajamento com seus fãs. O futuro de Travis Scott na indústria musical e em grandes festivais parece promissor, com uma base de fãs leal e um estilo que continua a influenciar a cena do hip-hop. No entanto, a experiência no The Town 2025 serve como um lembrete de que a excelência em um show vai além da energia e dos efeitos visuais, abrangendo também a seleção musical e a liberdade criativa dentro dos limites do evento. A crítica construtiva é fundamental para que artistas e organizadores continuem a evoluir, proporcionando experiências cada vez mais memoráveis e satisfatórias para um público cada vez mais exigente.