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Tarifaço dos EUA pode reduzir exportações brasileiras em US$ 5,4 bilhões em 2025, alerta CNI

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgou um alerta contundente sobre os possíveis impactos do recente “tarifaço” imposto pelos Estados Unidos às exportações brasileiras. Segundo a entidade, a medida pode resultar em uma redução de aproximadamente US$ 5,4 bilhões no volume de negócios em 2025, afetando diretamente a performance de setores industriais que dependem do mercado norte-americano. Essa projeção negativa levou a CNI a revisar para baixo a expectativa de crescimento da indústria brasileira. A nova projeção para o setor industrial em 2025 é de apenas 1,7%, um número consideravelmente inferior às estimativas anteriores, o que reflete um cenário de incertezas e desafios para a competitividade da produção nacional. A indústria de transformação, em particular, deverá sentir os efeitos mais severos, uma vez que muitos de seus produtos são exportados para os Estados Unidos e agora enfrentarão barreiras tarifárias mais elevadas. Essas tarifas podem encarecer os produtos brasileiros, tornando-os menos atraentes em comparação com concorrentes de outros países que não foram alvo das mesmas medidas restritivas. A agroindústria, por sua vez, embora menos impactada diretamente pelas tarifas em questão, pode ter seu desempenho influenciado pelo ritmo geral da economia e pela capacidade de absorção de produtos agrícolas pelo mercado internacional em um contexto de menor dinamismo global. O setor agropecuário brasileiro, conhecido por sua força exportadora, é um dos motores do Produto Interno Bruto (PIB) do país, e sua capacidade de manter o ímpeto pode ser crucial para mitigar os efeitos negativos em outros segmentos da economia. A CNI reafirma a necessidade de um diálogo robusto entre Brasil e Estados Unidos para buscar soluções que evitem o agravamento dessa situação, ressaltando que a previsibilidade e a estabilidade nas relações comerciais são fundamentais para o planejamento e o desenvolvimento consistente da indústria nacional, essencial para a geração de empregos e a prosperidade econômica do país. A entidade sugere que o governo federal intensifique as negociações diplomáticas e explore acordos comerciais alternativos para diversificar mercados e reduzir a dependência de um único parceiro comercial, especialmente em momentos de instabilidade geopolítica e econômica global.