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Etiópia Confirma Surto do Vírus de Marburg, Primo Letal do Ebola

A Etiópia confirmou a ocorrência de um surto do vírus de Marburg, doença infecciosa que causa febre hemorrágica e é cientificamente classificada como um parente próximo do vírus Ebola. Ambos os vírus pertencem à família Filoviridae, conhecida por sua alta patogenicidade e capacidade de gerar epidemias devastadoras. A confirmação pelas autoridades de saúde etíopes acionou um alerta internacional, com a Organização Mundial da Saúde (OMS) já envolvida na investigação e no apoio à resposta ao surto. A rápida disseminação e a elevada taxa de mortalidade associadas ao Marburg exigem uma ação coordenada e urgente para conter a propagação. O vírus de Marburg foi identificado pela primeira vez em humanos em 1967, com surtos registrados anteriormente em países como Angola, República Democrática do Congo, Quênia, Uganda e Rússia. A transmissão ocorre pelo contato direto com fluidos corporais de pessoas infectadas ou com animais portadores, como morcegos frugívoros, que agem como reservatório natural do vírus. O período de incubação varia de dois a 21 dias, e os sintomas iniciais incluem febre alta, dor de cabeça intensa e mal-estar generalizado, evoluindo rapidamente para manifestações hemorrágicas graves, como sangramentos internos e externos, vômitos e diarreia. A letalidade do vírus de Marburg pode alcançar até 88%, o que o torna uma ameaça significativa à saúde pública global. Medidas rigorosas de vigilância epidemiológica, diagnóstico rápido, isolamento de casos e rastreamento de contatos são cruciais para o controle de surtos como este, além da conscientização da população sobre as formas de prevenção. A experiência com surtos anteriores de Ebola e Marburg tem sido fundamental para o aprimoramento das estratégias de resposta, mas cada novo evento exige adaptação e reforço da capacidade de resposta local e internacional. A comunidade global aguarda mais informações da OMS sobre a extensão do surto na Etiópia e as medidas implementadas para sua contenção, com a esperança de evitar uma crise de saúde de grandes proporções.