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Presas relatam tortura e mortes com spray de pimenta em cadeia no AP

Presas da Penitenciária Feminina do Amapá relatam episódios de tortura e mortes em decorrência do uso excessivo e indiscriminado de spray de pimenta. As denunciantes afirmam que o agente penitenciário chegava a aplicar a substância até cinco vezes ao dia, causando sofrimento extremo, asfixia e desorientação, práticas que teriam levado à morte de algumas detentas. A exposição constante ao gás de pimenta, mesmo em áreas de convivência e celas, teria comprometido a saúde respiratória de diversas presas, com relatos de tosse crônica, hemorragias e irritação severa na pele e nos olhos. A situação é classificada pelas presas como desumana e violadora de seus direitos básicos, levantando suspeitas de negligência e abuso de autoridade por parte dos responsáveis pela unidade prisional. Esses acontecimentos reacendem o debate sobre as condições do sistema carcerário brasileiro, especialmente em relação à superlotação, à falta de estrutura e aos métodos de controle utilizados pelos agentes. A Confederação dos Servidores Públicos do Brasil (CSPB) já se manifestou sobre o caso, pedindo rigor na apuração dos fatos e a adoção de medidas corretivas urgentes para garantir a dignidade e a segurança de todas as pessoas privadas de liberdade, além de ressaltar a importância da capacitação dos profissionais que atuam no sistema prisional. A sociedade civil organizada e órgãos de direitos humanos acompanham o caso de perto, aguardando a resposta das autoridades competentes e a tomada de providências para que tais violações cessarem e os responsáveis sejam devidamente punidos, garantindo assim que a justiça prevaleça e que a dignidade humana seja respeitada em todos os âmbitos.