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Sociedades Médicas Condenam Uso de Testosterona e Chip da Beleza em Mulheres

Uma onda de preocupação tomou conta do meio médico com a recente condenação, por parte de diversas sociedades científicas, da reposição de testosterona em mulheres, um tema que ganhou notoriedade com a popularização do chamado ‘chip da beleza’. As entidades ressaltam que, diferentemente do que é propagado em alguns círculos, não existem estudos robustos que comprovem a segurança e a eficácia de tais intervenções para a população feminina em geral. A ênfase recai sobre a ausência de indicação de dosagem para ‘testosterona baixa’ em mulheres, o que aponta para um cenário de prescrições baseadas mais em modismos do que em bases científicas sólidas. A reposição hormonal deve ser sempre individualizada, criteriosa e sob estrita supervisão médica, levando em conta as particularidades de cada paciente e a existência de condições médicas comprovadas que justifiquem tal tratamento. A narrativa de que a testosterona, ou derivados, pode resolver questões estéticas ou de bem-estar de forma generalizada é vista como perigosa e potencialmente danosa, podendo omitir a necessidade de investigações mais profundas para identificar as causas reais de sintomas como fadiga, alterações de humor ou baixa libido. É crucial desmistificar a ideia de que a testosterona é uma solução milagrosa para o rejuvenescimento ou para a melhora do desempenho feminino. A comunidade científica internacional é clara ao apontar que a indicação de testosterona em mulheres é restrita a casos específicos de deficiência comprovada e sintomática, como em algumas formas de disfunção sexual ou após a menopausa, sempre com doses minimamente eficazes supervisionadas. Os riscos de um uso indiscriminado são significativos e incluem desde efeitos estéticos indesejados, como o aumento do clitóris, queda de cabelo e alteração da voz, até problemas mais graves como alterações cardiovasculares, hepáticas e metabólicas. O ‘chip da beleza’, frequentemente associado a essa terapia, carece de regulamentação e de comprovação científica de seus benefícios, representando um risco adicional uma vez que sua composição e dosagem podem variar descontroladamente. As sociedades médicas alertam para a importância de buscar informações em fontes confiáveis e de se basear em orientações médicas baseadas em evidências, desestimulando a automedicação e a adesão a tratamentos sem respaldo científico. A busca por qualidade de vida e bem-estar deve sempre primar pela segurança e pela saúde integral da mulher, o que implica em abordagens terapêuticas comprovadamente seguras e eficazes, fundamentadas em diagnósticos precisos e na ciência. Este alerta serve como um chamado à responsabilidade tanto para profissionais de saúde quanto para o público em geral, promovendo um debate mais informado e cauteloso sobre o uso de hormônios e terapias estéticas. A desinformação pode levar a consequências graves para a saúde feminina e é imperativo que a medicina baseada em evidências prevaleça.