Sheikh Hasina, figura proeminente na política de Bangladesh por décadas, é a ex-Primeira Ministra que recentemente foi condenada à morte em um julgamento que abalou o país. Sua carreira política é marcada por intensas disputas partidárias e um legado complexo. Hasina é filha do fundador de Bangladesh, Sheikh Mujibur Rahman, e tem liderado a Liga Awami (AL), um dos principais partidos políticos de Bangladesh, por muitos anos, alternando-se no poder com o Partido Nacionalista de Bangladesh (BNP). Sua liderança geralmente é associada a um período de crescimento econômico, mas também a acusações de autoritarismo e repressão política. A sentença de morte proferida contra ela está ligada a crimes cometidos durante protestos que resultaram em um alto número de mortos, com relatos de mais de 1.400 vítimas fatais, conforme apontam algumas fontes. Estes eventos reacenderam um clima de instabilidade no país e levantaram questões sobre a justiça e o estado de direito em Bangladesh. A condenação à morte de uma ex-chefe de governo é um evento sem precedentes e com profundas ramificações políticas e sociais. As autoridades de Bangladesh já teriam solicitado a extradição de Hasina de um país vizinho, a Índia, onde ela teria buscado refúgio após a onda de protestos e a subsequente série de julgamentos. O governo indiano ainda não se pronunciou oficialmente sobre o pedido, mas a cooperação nesse sentido poderia intensificar as tensões regionais. A comunidade internacional acompanha de perto os desdobramentos, com órgãos de direitos humanos expressando preocupação com a possibilidade de perseguição política. A situação legal de Sheikh Hasina e o futuro de Bangladesh permanecem incertos, dependendo das próximas ações judiciais e diplomáticas.