Senador Marcos do Val é alvo de operação da PF para uso de tornozeleira eletrônica e bloqueio de bens
O senador Marcos do Val se tornou alvo de uma operação da Polícia Federal com o objetivo de cumprir uma determinação do Supremo Tribunal Federal (STF) para a instalação de uma tornozeleira eletrônica. A medida surge em decorrência de supostas burlas a decisões judiciais anteriores, o que levou o STF a impor novas e mais rigorosas restrições ao parlamentar. O ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, foi o responsável por determinar o uso da tecnologia de monitoramento, além do bloqueio de alguns de seus bens. Essa ação visa garantir o cumprimento integral das ordens judiciais e a integridade do processo investigativo em curso, demonstrando a atuação firme do judiciário diante de possíveis desvios procedimentais.
O retorno de Marcos do Val dos Estados Unidos precedeu a execução dessa nova fase da operação e das medidas restritivas. A expectativa é que a tornozeleira eletrônica seja um instrumento eficaz para monitorar os deslocamentos do senador, assegurando que ele permaneça dentro dos limites territoriais permitidos e evite qualquer tipo de interferência ou ocultação de provas. O bloqueio de bens, por sua vez, configura uma sanção financeira e um impedimento para a movimentação de recursos que possam ser utilizados de forma ilícita ou para dificultar o curso da justiça, abrangendo desde contas bancárias até possíveis ativos financeiros.
A decisão de Moraes tem gerado debates no meio jurídico. Alguns especialistas, como o juristaudirama Maierovitch, criticaram a medida como sendo excessivamente branda diante da gravidade das infrações imputadas ao senador, argumentando que penas mais severas poderiam ser aplicadas. No entanto, a determinação do STF para o uso de tornozeleira e bloqueio de bens representa um endurecimento significativo das medidas cautelares já existentes, refletindo a preocupação do tribunal com a possibilidade de reiteração de condutas que violem as determinações judiciais, como a alegada burla às decisões anteriores.
Além da tornozeleira eletrônica e do bloqueio de bens, foi informado que as restrições impostas a Marcos do Val também incluem limitações no uso de instrumentos financeiros como Pix e cartões de crédito, bem como o monitoramento de suas atividades em redes sociais. Essas novas diretrizes visam encapsular o alcance de suas comunicações e transações, dificultando a articulação de defesas que possam basear-se em manobras evasivas ou na dissipação de recursos. A soma dessas cautelas busca assegurar a lisura das investigações e o respeito à autoridade judicial.