A discussão sobre a gestão do peso corporal tem ganhado destaque, com novos tratamentos como as canetas emagrecedoras atraindo atenção. No entanto, uma análise comparativa entre a cirurgia bariátrica e esses medicamentos aponta para um perfil de risco distinto, especialmente no que tange à saúde mental. Recentemente têm surgido diretrizes que ampliam o acesso à cirurgia bariátrica no Brasil, coincidindo com um aumento nos índices de obesidade no país. Entre 2020 e 2024, foram realizadas mais de 291 mil intervenções cirúrgicas, indicando a bariátrica como uma alternativa cada vez mais buscada e segura para o controle da obesidade. O debate entre a eficácia e os riscos associados a diferentes métodos de perda de peso é fundamental. Enquanto as canetas emagrecedoras, focadas em mecanismos hormonais, podem apresentar desafios relacionados à dependência psicológica e efeitos colaterais que afetam o bem-estar mental, a cirurgia bariátrica, embora invasiva, oferece uma mudança metabólica e comportamental significativa e, segundo novas perspectivas, pode ser uma opção com menor impacto adverso na saúde psicológica a longo prazo, especialmente com o avanço das técnicas e do acompanhamento multidisciplinar. Novas diretrizes têm sido implementadas para democratizar o acesso à cirurgia bariátrica, reconhecendo-a como um tratamento médico essencial para casos de obesidade severa e com comorbidades. Essa ampliação de acesso é crucial, pois a obesidade não é apenas uma questão estética, mas uma doença crônica que afeta múltiplos sistemas do organismo e está intrinsecamente ligada a condições de saúde mental, como depressão e ansiedade. A abordagem cirúrgica, quando bem indicada e acompanhada, pode reverter ou amenizar significativamente essas comorbidades. O acompanhamento pós-cirúrgico da bariátrica é um componente indispensável para o sucesso do tratamento, incluindo suporte psicológico e nutricional contínuo. Essa estrutura de cuidado integral visa não apenas a manutenção da perda de peso, mas também a adaptação do paciente a um novo estilo de vida, fortalecendo a saúde mental e prevenindo recaídas ou o desenvolvimento de transtornos psicológicos. A segurança do procedimento tem sido constantemente aprimorada, tornando-se uma ferramenta terapêutica cada vez mais confiável.