A temporada de cruzeiros e o fluxo turístico em geral trazem consigo um aumento considerável no risco de reintrodução de doenças, como o sarampo, em áreas urbanas e turísticas. Diante deste cenário, autoridades de saúde em diversas regiões do Brasil, como São Paulo e Belo Horizonte, emitiram alertas direcionados a serviços de saúde, autoridades portuárias e à população em geral. A preocupação reside em um possível surto da doença, que pode ser desencadeado pela circulação de pessoas vacinadas de forma incompleta ou não vacinadas, vindas de áreas onde o sarampo ainda é endêmico ou está em ressurgimento. A vacinação contra o sarampo é uma das ferramentas mais eficazes para o controle e erradicação de doenças virais altamente contagiosas. O sarampo, transmitido pelo ar através de gotículas respiratórias, pode causar sintomas graves como pneumonia, encefalite e até levar à morte, especialmente em crianças pequenas e indivíduos com sistema imunológico comprometido. A tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola) é a vacina recomendada e sua cobertura vacinal idealmente deve ultrapassar os 95% da população para garantir a imunidade de rebanho necessária para proteger os mais vulneráveis. O aumento do fluxo turístico durante a temporada de cruzeiros representa um desafio adicional para as autoridades de saúde, pois exige uma vigilância mais atenta e ações preventivas coordenadas, desde a orientação aos viajantes até a disponibilidade de vacinas nos portos e aeroportos. Além disso, a queda nos índices de vacinação em algumas cidades, como observado em Belo Horizonte, agrava a situação, deixando parcelas significativas da população susceptíveis à doença. O governo de São Paulo emitiu um alerta específico para serviços de saúde e autoridades portuárias, reconhecendo a vulnerabilidade aumentada devido à temporada de cruzeiros. Essa ação visa preparar a rede de saúde para identificar e gerenciar potenciais casos de forma rápida e eficaz, minimizando o risco de transmissão comunitária. A Prefeitura de Belo Horizonte também reforça a importância da vacinação, destacando o baixo índice de cobertura vacinal como um fator de risco iminente para a saúde pública na cidade. Essa medida busca conscientizar os cidadãos sobre a necessidade de manterem suas cadernetas de vacinação atualizadas, especialmente as crianças, que são o grupo mais suscetível às complicações causadas pelo sarampo. A Secretaria de Saúde, em ambos os casos, orienta que tanto os turistas quanto os residentes verifiquem seu status vacinal e procurem os postos de saúde para se vacinarem, caso não tenham sido imunizados ou não tenham o esquema vacinal completo. A vacina é segura, eficaz e a única forma de prevenção contra essa doença potencialmente grave, que pode ser rapidamente disseminada em ambientes com aglomeração e circulação de pessoas de diferentes regiões. As autoridades enfatizam que a vacinação não é apenas uma proteção individual, mas um ato de responsabilidade coletiva, fundamental para a manutenção da saúde pública e a prevenção de surtos que podem sobrecarregar o sistema de saúde e trazer sérias consequências à sociedade.