A cidade de São Paulo vive um momento de calor extremo, com temperaturas que estabeleceram um novo recorde para o mês de dezembro nesta sexta-feira, dia 26, alcançando 36,2°C. Este é o segundo dia consecutivo em que a metrópole quebra seu próprio recorde de temperatura para o período, evidenciando uma persistente e intensa onda de calor que se estende por toda a região Sudeste. O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) reagiu à severidade do fenômeno emitindo um alerta vermelho, a classificação mais grave, que indica risco à saúde e à infraestrutura, além de uma probabilidade considerável de ocorrência de fenômenos perigosos. Moradores relatam a necessidade de ingestão massiva de água para tentar combater os efeitos da alta temperatura, um reflexo da dificuldade do corpo humano de se adaptar a condições climáticas tão extremas em curtos períodos. A situação é agravada pela combinação de calor, que deve persistir até o dia 29 de dezembro, segundo as projeções do Inmet.

O alerta vermelho emitido pelo Inmet não é apenas uma constatação de calor intenso, mas um chamado à atenção para os perigos associados a ondas de calor prolongadas e de alta magnitude. Este tipo de evento climático pode desencadear uma série de problemas de saúde, como desidratação, insolação, exaustão pelo calor e, em casos mais severos, até mesmo golpes de calor, que representam risco de vida. Pessoas com doenças crônicas, idosos e crianças são consideravelmente mais vulneráveis a esses efeitos. Além dos impactos diretos na saúde humana, o calor extremo também pode afetar a infraestrutura, com potencial para danos em rodovias devido à dilatação de materiais e sobrecarga no sistema de distribuição de energia elétrica devido ao aumento do uso de sistemas de refrigeração. A previsão de continuidade da onda de calor exige um monitoramento constante e a adoção de medidas preventivas pela população e pelas autoridades competentes para mitigar os riscos.

Este cenário de calor recorde em São Paulo acontece em um contexto mais amplo de fenômenos climáticos extremos que têm sido observados no Brasil. O Inmet também emitiu alertas para tempestades, granizo e chuva intensa em outras regiões, indicando uma instabilidade atmosférica generalizada e uma possível intensificação de eventos climáticos severos. A combinação de calor extremo com a possibilidade de chuvas torrenciais e granizo pode criar situações de perigo ainda maiores, como enchentes repentinas e quedas de árvores e postes. A ciência climática tem alertado sobre a crescente frequência e intensidade de tais eventos, associando-os, em grande parte, às mudanças climáticas globais. A compreensão desses padrões é fundamental para o desenvolvimento de estratégias de adaptação e mitigação eficazes.

Dada a situação, a recomendação para a população de São Paulo e das áreas afetadas por alertas de calor é redobrar os cuidados. Evitar a exposição direta ao sol nos horários de pico, manter-se hidratado com ingestão frequente de água, preferencialmente, e de sucos e frutas ricas em água, usar roupas leves e de cor clara, além de procurar ambientes frescos e ventilados são medidas essenciais. Para os profissionais que atuam ao ar livre, é crucial fazer pausas regulares em locais sombreados e observar atentamente os sinais de alerta do corpo. As autoridades de saúde e defesa civil estão monitorando a situação e emitindo orientações específicas, reforçando a importância de seguir as recomendações para garantir a segurança e o bem-estar de todos durante este período desafiador para o clima paulista.