Santa Catarina entra em estado de emergência devido à crescente demanda por leitos de UTI, majoritariamente ocupados por pacientes com doenças respiratórias. O cenário é crítico com a taxa de ocupação ultrapassando 93% em nível estadual e atingindo a capacidade máxima de 100% em diversas cidades, como Blumenau, que já registra 18 óbitos relacionados a essas enfermidades. A situação é agravada pela circulação intensa do vírus sincicial respiratório (VSR) e da gripe A, que afetam principalmente crianças e idosos, mas também têm levado adultos à internação em quadros graves. O decreto de emergência é uma resposta do governo estadual para mobilizar recursos e adotar medidas extraordinárias que permitam desafogar o sistema de saúde e garantir atendimento à população. Uma das principais ações previstas é a requisição administrativa de leitos em unidades privadas e filantrópicas, caso a rede pública não consiga absorver a demanda, seguindo o que preconiza a Lei nº 13.979/2020, que dispõe sobre as medidas de enfrentamento da emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do coronavírus, mas aplicável a outras emergências sanitárias. Além da requisição de leitos, o decreto estadual visa fortalecer as ações de enfrentamento da síndrome respiratória aguda grave (SRAG), o que inclui a ampliação de equipes de saúde, a intensificação da vacinação contra a gripe e o monitoramento constante dos casos. A situação de emergência permite uma maior agilidade na compra de insumos e equipamentos, bem como a contratação de profissionais, que são essenciais para conter o avanço das doenças e minimizar o impacto no sistema de saúde. É fundamental que a população colabore com as medidas preventivas, como a higienização das mãos, o uso de máscaras em locais de aglomeração se houver sintomas e a busca pela vacinação. A experiência da pandemia de COVID-19 demonstrou a importância da união de esforços entre poder público, profissionais de saúde e sociedade para superar crises sanitárias. A expectativa é que, com as medidas adotadas e a consciência coletiva, Santa Catarina consiga reverter o atual quadro e evitar um colapso ainda maior no sistema de saúde.