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Santa Catarina decreta emergencia por superlotação de UTIs e alta de doenças respiratórias

O governo de Santa Catarina decretou situação de emergência em todo o estado devido à grave crise de superlotação em leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). A medida foi tomada em resposta às crescentes taxas de ocupação, que atingiram a alarmante marca de 93,9% na rede hospitalar, e em cidades como Blumenau, a saturação chegou a 100% em algumas unidades, resultando em 18 mortes relacionadas a doenças respiratórias. A situação anormal exige uma resposta imediata e coordenada para mitigar os impactos na saúde pública. A decretação do estado de emergência permitirá ao governo catarinense a adoção de medidas excepcionais para combater a crise. Entre as principais ações previstas estão a requisição administrativa de leitos em hospitais privados, a contratação emergencial de profissionais de saúde, a aquisição de equipamentos e insumos médicos sem a necessidade de licitação, e a reorganização da rede de atendimento para otimizar o uso dos recursos existentes. Essas medidas são cruciais para ampliar a capacidade de resposta do sistema de saúde e garantir que mais pacientes recebam o tratamento necessário. A crise atual é impulsionada, em grande parte, pelo aumento expressivo de casos de doenças respiratórias, afetando principalmente crianças. Vírus como o da gripe e o Vírus Sincicial Respiratório (VSR) estão circulando intensamente, sobrecarregando as UTIs pediátricas e colocando em risco a vida de muitos jovens pacientes. A sazonalidade e a retomada das atividades sociais após períodos de restrição têm contribuído para a disseminação desses patógenos, evidenciando a necessidade de reforçar campanhas de vacinação e medidas preventivas. A situação em Santa Catarina reflete um desafio maior enfrentado por diversos estados brasileiros e sistemas de saúde globalmente, onde a pressão sobre as UTIs é um indicador crítico da capacidade de uma nação em lidar com surtos de doenças. A experiência acumulada durante a pandemia de COVID-19 deveria ter fortalecido os planos de contingência, mas a persistência de gargalos na infraestrutura e nos recursos humanos demonstra a fragilidade de sistemas que operam perto da capacidade máxima. A longo prazo, investimentos contínuos em hospitais, formação de profissionais e programas de saúde pública são essenciais para evitar futuras crises e garantir a resiliência do setor de saúde diante de emergências.