Rússia condena ataques dos EUA ao Irã e descarta conversa com Trump
O Ministério das Relações Exteriores da Rússia emitiu um comunicado oficial condenando veementemente os ataques realizados pelos Estados Unidos contra instalações no Irã, classificando a ação como um ato inaceitável que agrava a instabilidade na região. A declaração ressalta a preocupação russa com a escalada da violência e o potencial impacto em acordos internacionais e na segurança global. O Kremlin reiterou sua posição contra ações militares unilaterais que não estejam em conformidade com o direito internacional. Paralelamente a essa condenação, fontes do governo russo confirmaram que o presidente Vladimir Putin não possui planos de contato ou diálogo com o ex-presidente americano Donald Trump no momento, desmentindo especulações sobre possíveis conversas. Esta posição sinaliza uma estratégia de distanciamento em relação a figuras políticas de outros países que não representam o atual corpo governante. Dmitri Medvedev, ex-presidente e vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia, provocou ainda mais o cenário ao sugerir que, em resposta aos ataques americanos, outras nações estariam dispostas a fornecer ogivas nucleares ao Irã, uma declaração que, se confirmada, representaria uma mudança drástica no equilíbrio de poder nuclear global e um desafio direto às tentativas de não proliferação. A Rússia, portanto, mantém uma postura de crítica aos Estados Unidos e de defesa de seus interesses estratégicos, enquanto demonstra certa relutância em engajar-se em diálogos com figuras políticas do passado dos EUA. A China também se pronunciou, com o Ministério das Relações Exteriores chinês condenando “veementemente” os ataques americanos às instalações nucleares iranianas, reforçando a visão de que essas ações são prejudiciais à paz e estabilidade mundial, e apelando por contenção e soluções diplomáticas. Este alinhamento entre Rússia e China em relação à condenação dos ataques americanos ao Irã demonstra uma frente unida contra o que consideram ser ações desestabilizadoras dos EUA na arena internacional, um panorama que se complica com as declarações de Medvedev sobre o potencial fornecimento de ogivas nucleares, evidenciando um endurecimento retórico significativo.