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Rússia e China condenam ataque dos EUA ao Irã e pedem ação da ONU

A Rússia, através de seu embaixador na ONU, declarou nesta terça-feira que o ataque dos Estados Unidos ao Irã é inaceitável e exigiu uma posição firme da organização internacional. Moscou afirmou que a escala da resposta ao ataque será decidida pelas Forças Armadas iranianas, indicando uma possível escalada do conflito na região. Esta condenação por parte da Rússia não é surpreendente, considerando a tradicional aliança entre Moscou e Teerã e a postura frequentemente crítica da Rússia em relação às ações militares americanas no Oriente Médio.

Paralelamente, o Irã apresentou na ONU uma acusação formal contra os Estados Unidos, rotulando as ações americanas como pretextos absurdos para justificar o que o país oriental considera o início de uma guerra. O representante iraniano nas Nações Unidas enfatizou a gravidade da situação e a necessidade de uma condenação internacional inequívoca por parte da comunidade global, buscando apoio para mitigar os efeitos do ataque em seu território e reafirmar sua soberania.

A China uniu-se à Rússia na pressão por um cessar-fogo no Irã, marcando uma frente unida entre as duas potências asiáticas em relação à crise. Durante uma reunião convocada na ONU, Pequim e Moscou buscaram consenso para uma resolução que impeça a continuidade dos ataques e promova o diálogo, refletindo o interesse de ambas as nações em manter a estabilidade na região e evitar um conflito em larga escala que poderia ter repercussões econômicas e geopolíticas globais.

O impacto dessa guerra iminente no Oriente Médio também reverberou nas discussões internas do Brasil. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva aproveitou o momento para reforçar o discurso em favor da reforma do Conselho de Segurança da ONU. Em bastidores, a percepção é que a lentidão e a paralisia do órgão em crises como esta demonstram a urgência de uma reestruturação que torne o Conselho mais representativo e eficaz na manutenção da paz e segurança internacionais, refletindo as novas dinâmicas geopolíticas do século XXI.