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Riscos do uso de Tadalafila e Sildenafila como pré-treino: médica alerta sobre perigos

O uso indiscriminado de medicamentos como tadalafila e sildenafila, conhecidos por tratar a disfunção erétil, tem se tornado uma preocupação crescente entre profissionais de saúde. A moda perigosa de utilizá-los como pré-treino em academias, especialmente entre o público jovem, expõe indivíduos a riscos significativos, muitas vezes desconhecidos por eles. Especialistas alertam que essas substâncias, quando empregadas fora de suas indicações médicas e sem acompanhamento profissional, podem acarretar uma série de efeitos adversos que comprometem seriamente a saúde cardiovascular e o bem-estar geral. A automedicação com estes compostos representa um perigo real, pois seus mecanismos de ação, embora benéficos para condições específicas, podem ser prejudiciais quando mal utilizados.

A tadalafila, por exemplo, atua como um inibidor da fosfodiesterase tipo 5 (PDE5), promovendo o relaxamento da musculatura lisa vascular e aumentando o fluxo sanguíneo para determinadas áreas do corpo. Em contextos recreativos ou como estimulante de desempenho físico, essa ação pode levar a complicações como hipotensão severa, especialmente quando combinada com outras substâncias, incluindo álcool ou determinados suplementos dietéticos. A sildenafila compartilha mecanismos de ação semelhantes, e ambos os medicamentos exigem prescrição médica e supervisão rigorosa para garantir a segurança do paciente. A falta de consciência sobre esses riscos é alarmante, visto que muitos jovens buscam atalhos para melhorar o desempenho sem considerar as consequências a longo prazo.

Os potenciais efeitos colaterais não se limitam a problemas cardiovasculares. O uso indevido de tadalafila e sildenafila pode desencadear dores de cabeça intensas, rubor facial, congestão nasal, alterações visuais como sensibilidade à luz e visão turva, além de dores musculares e nas costas. Em casos mais graves, podem ocorrer priapismo – uma ereção persistente e dolorosa que pode levar a danos permanentes nos tecidos penianos – e até mesmo eventos cerebrovasculares ou cardíacos. A indústria de suplementos e a disseminação de informações de saúde em redes sociais muitas vezes promovem o uso dessas substâncias de forma irresponsável, ignorando seu potencial de dano e a necessidade de diagnóstico e acompanhamento médico especializado.

O Conselho Federal de Farmácia e outras entidades médicas têm intensificado os alertas sobre essa prática perigosa. A campanha de conscientização visa educar a população, especialmente os jovens, sobre os riscos associados à automedicação e ao uso de medicamentos sem prescrição. É fundamental quebrar o tabu em torno da saúde sexual masculina e encorajar a busca por orientação profissional qualificada. A verdadeira melhoria do desempenho físico e da saúde sexual reside em hábitos saudáveis, dieta equilibrada, exercícios regulares e, quando necessário, acompanhamento médico e terapias adequadas, em vez do uso de substâncias que apresentam riscos significativos à saúde.