Rede de médicos antivacina explora ‘síndrome pós-spike’ e indica tratamento para crianças
Uma investigação do jornal O Estado de S.Paulo desvendou uma rede de médicos antivacina que tem ganhado espaço ao explorar a chamada ‘síndrome pós-spike’. Este termo, não reconhecido cientificamente, é utilizado para descrever um conjunto de sintomas supostamente ligados à vacinação contra a COVID-19. A rede promove tratamentos que carecem de comprovação e evidências científicas robustas, focando em desinformação e alimentando o receio em relação às vacinas. Uma das preocupações centrais é que essa abordagem terapêutica, sem respaldo médico-científico, tem sido oferecida inclusive para crianças, grupo para o qual a vacinação tem se mostrado segura e eficaz, de acordo com as principais organizações de saúde globais. O modus operandi envolve a disseminação de conteúdos em redes sociais e a realização de consultas, muitas vezes com custos elevados, onde são propostas terapias alternativas e investigacionais. A comunidade médica e as agências reguladoras alertam para os perigos de tratamentos sem comprovação científica, que podem levar ao abandono de terapias comprovadas e à piora do quadro de saúde dos pacientes, além de desperdiçar recursos financeiros em intervenções ineficazes. É fundamental que a população busque informações em fontes confiáveis e baseadas em evidências científicas e que discuta qualquer preocupação sobre saúde com profissionais de saúde habilitados e que sigam os protocolos médicos estabelecidos. A pressão por tratamentos não validados pode gerar falsas esperanças e agravar problemas de saúde, especialmente em populações vulneráveis como crianças e idosos. As autoridades de saúde reforçam a importância da vacinação como a principal ferramenta de prevenção contra doenças infecciosas graves e suas complicações, baseada em anos de pesquisa e testes rigorosos, garantindo a segurança e a eficácia das doses aplicadas em milhões de pessoas ao redor do mundo. A desinformação sobre vacinas e tratamentos alternativos representa um desafio contínuo para a saúde pública, minando a confiança nas instituições científicas e médicas.