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Recorde de Calor em São Paulo: Temperatura Atinge 37,2ºC em Dezembro

São Paulo vivenciou nesta segunda-feira (18) um dia histórico em termos de temperatura, com os termômetros marcando 37,2ºC, um recorde absoluto para o mês de dezembro desde o início das medições em 1943. Este pico de calor não é um evento isolado, mas sim parte de uma onda de calor intensa que tem afetado diversas regiões do Brasil, com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitindo e ampliando alertas de perigo para temperaturas extremas em seis estados brasileiros. A persistência deste cenário meteorológico exige atenção redobrada da população e das autoridades.

A onda de calor que assola o país é atribuída a uma combinação de fatores atmosféricos, incluindo a alta pressão na região amazônica que dificulta a chegada de frentes frias e a formação de nuvens carregadas, aliada a um bloqueio atmosférico que aprisiona o ar quente na superfície. Essa massa de ar muito quente, com umidade vinda do Oceano Atlântico, cria um ambiente propício para a elevação expressiva das temperaturas, como observado em São Paulo e em outros estados afetados pelo alerta de calor extremo. A sensação térmica pode ter sido ainda maior em algumas áreas, exacerbada pela baixa umidade e pela radiação solar intensa.

O Inmet, órgão responsável pelo monitoramento meteorológico no Brasil, tem intensificado suas comunicações e alertas acerca deste fenômeno. Inicialmente, a previsão indicava o fim da onda de calor para esta terça-feira (19), mas o instituto revisou essas projeções, indicando que as altas temperaturas e o perigo associado a elas podem persistir por mais tempo em algumas localidades. Além do calor extremo, a instabilidade atmosférica gerada por este cenário também pode culminar em tempestades isoladas e severas, especialmente no final da tarde e à noite, o que adiciona um componente de risco adicional, exigindo atenção para ventos fortes, raios e até mesmo granizo. A situação demanda um acompanhamento contínuo das atualizações do Inmet.

As consequências de temperaturas recordes como a registrada em São Paulo vão além do desconforto imediato. O calor extremo representa um risco significativo à saúde pública, especialmente para idosos, crianças e pessoas com comorbidades, podendo levar à desidratação, insolação e outros problemas relacionados. Além disso, em um contexto mais amplo, o aumento da frequência e intensidade de eventos climáticos extremos, como ondas de calor e chuvas torrenciais, é um indicativo claro das mudanças climáticas em curso. A gestão de recursos hídricos, a segurança energética e a agricultura são setores que também sofrem impactos diretos, exigindo estratégias de adaptação e mitigação a longo prazo.