Os rebeldes Huthis, que controlam grande parte do Iêmen, anunciaram ter lançado um míssil contra a cidade portuária de Eilat, no sul de Israel, nesta segunda-feira. Em comunicado divulgado por sua agência de notícias, o grupo afirmou que o ataque foi em apoio aos palestinos na Faixa de Gaza, palco de um conflito intenso entre Israel e o Hamas. Os Huthis, aliados do Irã, têm frequentemente declarado apoio à causa palestina e criticado ações militares israelenses. Este seria o mais recente de uma série de incidentes que demonstram o envolvimento do grupo no conflito regional que se intensificou após os ataques do Hamas contra Israel em 7 de outubro. A capacidade dos Huthis de atingir alvos em Israel, mesmo que geograficamente distantes, é um indicativo da complexidade da teia de alianças e confrontos no Oriente Médio. A trajetória e o destino do míssil ainda não foram confirmados por fontes independentes, e Israel geralmente não comenta sobre incidentes de segurança específicos. A questão de interceptar projéteis vindos do Iêmen tem sido um desafio, com as defesas aéreas israelenses já operando em alta capacidade devido a ameaças vindas de outras frentes. A situação exige uma análise cuidadosa do desenrolar diplomático e militar na região, que já se encontra em um ponto de alta tensão e instabilidade generalizada, com repercussões que vão muito além das fronteiras imediatas do conflito principal, afetando rotas comerciais e a segurança marítima global. A confirmação oficial por parte de Israel sobre a natureza e o sucesso do ataque dos Huthis é aguardado, assim como os desdobramentos diplomáticos decorrentes deste novo episódio, que evidencia a crescente influência de atores não estatais nas dinâmicas de poder regional e a capacidade de projeção de força por meio de armamentos avançados.