A diverticulite aguda é uma condição inflamatória que afeta os divertículos, que são pequenas bolsas que se formam na parede do intestino grosso. Essas bolsas são muito comuns, especialmente em idades mais avançadas, e a maioria das pessoas com divertículos não desenvolve a diverticulite. No entanto, quando os divertículos ficam inflamados ou infeccionados, podem causar sintomas dolorosos e complicações sérias, como foi o caso do apresentador Raul Gil, que precisou de internação hospitalar para tratamento.

Os sintomas da diverticulite aguda podem variar de leves a graves, mas geralmente incluem dor abdominal, que pode ser intensa e persistente, frequentemente localizada no lado inferior esquerdo do abdômen. Outros sinais comuns são febre, calafrios, náuseas, vômitos e alterações no hábito intestinal, como constipação ou diarreia. Em alguns casos, pode haver sangramento retal, embora isso seja menos comum. A identificação precoce desses sintomas é crucial para buscar atendimento médico e iniciar o tratamento adequado, minimizando o risco de complicações.

Os riscos associados à diverticulite não tratada corretamente podem ser significativos. As complicações mais frequentes incluem a formação de abscessos, que são acúmulos de pus que podem necessidar de drenagem, e a perfuração do intestino, uma condição grave que pode levar à peritonite, uma infecção generalizada da cavidade abdominal. Em casos mais raros, a inflamação crônica pode causar estreitamento do intestino (estenose) ou o desenvolvimento de fístulas, passagens anormais entre o intestino e outros órgãos. Por isso, o acompanhamento médico é fundamental para monitorar a evolução da doença e prevenir quadros mais graves.

O tratamento da diverticulite aguda depende da gravidade dos sintomas e da presença de complicações. Em casos leves, o repouso, uma dieta líquida e antibióticos podem ser suficientes. Para casos mais graves ou com complicações, a internação hospitalar pode se fazer necessária para administração de antibióticos intravenosos, hidratação e, em algumas situações, cirurgia para remover a parte afetada do intestino. A prevenção de novos episódios envolve mudanças na dieta, como o aumento do consumo de fibras, ingestão adequada de líquidos e a prática regular de exercícios físicos, além de evitar o uso indiscriminado de certos medicamentos. A história de Raul Gil serve como um lembrete da importância de cuidar da saúde intestinal e procurar ajuda médica ao menor sinal de desconforto.