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Putin descarta discutir possível assassinato do líder do Irã e prega diálogo com EUA

O presidente russo, Vladimir Putin, declarou nesta quarta-feira que não há espaço para discussões sobre um possível assassinato do líder supremo do Irã. A declaração surge em um momento de alta tensão no Oriente Médio, com o Irã e Israel trocando hostilidades, o que leva a Rússia a alertar que o mundo está à beira de uma catástrofe. Moscou confirmou estar em contato com Washington para tentar desescalar a situação, buscando um canal de comunicação para evitar um confronto direto e suas consequências devastadoras. Essa postura, de acordo com analistas, pode ser interpretada como uma tentativa de Putin de se posicionar como um mediador, desviando o foco da guerra já em andamento na Ucrânia e buscando restaurar a influência russa no cenário global. A Rússia, ao lado da China, também emitiu um comunicado criticando os ataques israelenses, considerado por ambos como violação do direito internacional, o que pode ser visto como um recado velado aos Estados Unidos, principais aliados de Israel. A estratégia russa parece ser a de capitalizar sobre a instabilidade regional para fortalecer sua posição diplomática e, ao mesmo tempo, pressionar por uma agenda que minimize a influência ocidental. Donald Trump, por sua vez, respondeu às declarações de Putin sugerindo que os Estados Unidos deveriam se manter à margem do conflito, uma posição que reflete uma certa ambiguidade na política externa americana em relação ao Oriente Médio e que pode ser explorada pela Rússia. A Rússia tem explorado as divisões e incertezas na política internacional para ampliar sua esfera de influência, e o delicado equilíbrio de poder no Oriente Médio representa uma oportunidade significativa nesse sentido. A busca por negociações e a crítica às ações de Israel podem ser ferramentas usadas por Moscou para reforçar sua imagem de potência diplomática e negociadora, capaz de gerenciar crises complexas em um cenário global cada vez mais fragmentado. A comunidade internacional observa com apreensão essa dinâmica, temendo que qualquer deslize possa desencadear um conflito em larga escala com repercussões globais imprevisíveis e severas, especialmente em um contexto já abalado por guerras e tensões geopolíticas. A contenção e o diálogo são essenciais neste momento crítico para evitar um agravamento generalizado da crise, e a posição russa, embora estratégica, destaca a urgência de soluções diplomáticas para os conflitos regionais.