Em um telefonema de grande relevância diplomática, o presidente russo Vladimir Putin contatou o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva para discutir temas cruciais da agenda internacional, com foco especial na guerra em andamento na Ucrânia e no futuro do bloco econômico conhecido como BRICS. A conversa telefônica, que durou um tempo considerável, permitiu a troca de impressões sobre os atuais desdobramentos do conflito na Europa Oriental, suas implicações globais e possíveis caminhos para a busca pela paz. O presidente Lula reiterou a posição do Brasil em favor de soluções pacíficas e negociadas, dentro do respeito ao direito internacional e à soberania dos Estados. Ambas as lideranças reconheceram a complexidade da situação e a necessidade de um diálogo contínuo entre as nações para a estabilização do cenário geopolítico. O fortalecimento do BRICS, grupo que atualmente congrega Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, também foi um ponto central da conversa. Os presidentes abordaram a importância estratégica do bloco como um fórum de cooperação econômica e política para promover um mundo multipolar e mais equilibrado. Discutiram a expansão do grupo, a relevância de novas moedas de reserva e a necessidade de articular posições conjuntas em fóruns internacionais. A coincidência de visões sobre a reforma das instituições de governança global foi destacada nesse contexto, com o objetivo de torná-las mais representativas das atuais dinâmicas mundiais. A discussão sobre a guerra na Ucrânia evidenciou a busca brasileira por atuar como mediadora e promotora de paz, utilizando seu histórico de neutralidade em conflitos internacionais. Lula tem defendido a criação de um grupo de países para dialogar com as partes envolvidas, visando a construção de pontes para um cessar-fogo e o início de negociações de paz. A Rússia, por sua vez, apresentou sua perspectiva sobre os eventos e demonstrou interesse em ouvir as posições de outros líderes mundiais. A conversa entre Putin e Lula reforça a projeção do Brasil no cenário internacional e a importância de suas relações diplomáticas, especialmente dentro de um contexto global marcado por tensões e a busca por novas configurações de poder. O diálogo demonstra a sintonia dos líderes em relação a temas de interesse mútuo e a disposição em estreitar laços e buscar entendimentos em desafios globais complexos, alinhando-se aos objetivos de política externa do governo brasileiro de promover a paz e a cooperação.