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Protestos e Críticas à Enel Escalam em SP Após Vendaval Deixar Quase 400 Mil Imóveis Sem Luz

Um forte vendaval que atingiu a região metropolitana de São Paulo, registrado pelo Inmet como o mais prolongado em 19 anos, deixou um rastro de destruição e, principalmente, de apagões generalizados. Quatro dias após o evento climático extremo, a concessionária de energia Enel Brasil ainda não tinha normalizado o fornecimento para quase 200 mil imóveis, conforme reportado pela Folha de S.Paulo. Essa persistente falta de energia gerou profunda insatisfação na população, com relatos e vídeos circulando nas redes sociais mostrando a alegria momentânea pela retomada do serviço, seguida por um novo apagão em questão de segundos, como ocorreu na Zona Sul da capital paulista, segundo o G1. A situação escalou a ponto de mais de 350 mil imóveis continuarem sem luz, alimentando uma onda de protestos contra a Enel em diversas partes de São Paulo. A frustração popular se manifestou em manifestações, exigindo respostas e soluções imediatas da empresa. As falhas na prestação do serviço básico de fornecimento de energia elétrica levaram o Ministério Público de Contas da União (MPTCU) a pedir a suspensão da renovação da concessão da Enel. A decisão do MPTCU visa apurar a responsabilidade da empresa na gestão da crise e garantir que medidas eficazes sejam tomadas para evitar a repetição de situações de vulnerabilidade para os consumidores, que dependem da energia para as atividades cotidianas, segurança e bem-estar. A atuação da Enel durante e após o ciclone tem sido intensamente questionada, com a população clamando por mais agilidade e transparência na comunicação e na resolução dos problemas. A demora na normalização do serviço impacta diretamente a vida de milhares de famílias, prejudicando o comércio, o trabalho remoto e até mesmo o acesso a serviços essenciais. A investigação do MPTCU, juntamente com os protestos da sociedade civil, representa um ponto de virada na pressão sobre a Enel para que apresente um plano de ação consistente e demonstre capacidade de oferecer um serviço de qualidade e resiliência frente a eventos climáticos, que tendem a se tornar mais frequentes e intensos. A discussão sobre a adequação da concessão e a qualidade da infraestrutura de distribuição de energia em São Paulo entra em pauta com força, evidenciando a necessidade de um acompanhamento mais rigoroso por parte dos órgãos reguladores e da fiscalização pública.