Um protesto em Belo Horizonte contra o Projeto de Lei da Dosimetria da Pena tomou conta da Praça da Liberdade neste domingo, culminando na prisão de uma manifestante. A mulher foi detida pela Polícia Militar após pichar um monumento histórico, em um ato de desagravo contra o que os manifestantes consideram uma anistia indevida para determinados crimes. O PL da Dosimetria, que visa reformular a forma como as penas são calculadas no Brasil, tem gerado intensos debates e mobilizações em diversas partes do país, com grupos divididos entre a defesa da atualização da legislação e a preocupação com possíveis retrocessos na justiça criminal. A ação em Belo Horizonte reflete a polarização em torno da matéria. Os manifestantes argumentam que o projeto pode abrir brechas para a impunidade, enquanto os defensores apontam a necessidade de modernização e eficiência do sistema judiciário. A pichação, embora controversa, serviu como um símbolo da insatisfação de uma parcela da sociedade em relação às propostas em discussão no Congresso Nacional. A segurança no local foi reforçada para conter a manifestação, que, apesar do incidente isolado, transcorreu em grande parte pacificamente, com cartazes e palavras de ordem expressando a repulsa ao PL e clamando por justiça. A Praça da Liberdade, um importante centro cultural e histórico de Belo Horizonte, foi o palco escolhido para dar visibilidade ao descontentamento, atraindo tanto aqueles que participaram ativamente do ato quanto curiosos e transeuntes impactados pela pichação. O episódio levanta a discussão sobre os limites do protesto e a forma mais eficaz de manifestar oposição a projetos legislativos, gerando debates sobre a liberdade de expressão e o respeito ao patrimônio público, evidenciando as tensões sociais e políticas que a legislação em questão tem provocado.