O promotor Lincoln Gakiya, conhecido por sua atuação firme contra o crime organizado, revelou em entrevista o quão próximo o Primeiro Comando da Capital (PCC) chegou dele e de sua família. A ameaça se intensificou após investigações que desbarataram uma célula de elite da facção, responsável por monitorar autoridades em São Paulo. Essa descoberta expôs a capacidade do PCC de infiltrar e vigiar agentes públicos, levantando sérias preocupações sobre a segurança de procuradores e juízes.

A gravidade da situação foi ainda mais evidenciada quando drones foram utilizados para sobrevoar a residência de Gakiya, numa clara demonstração de que a facção estava disposta a ir além das ameaças verbais. Gakiya expressou sentir que a vigilância seria constante, declarando que o PCC afirmava que o acompanharia por onde fosse. Essa perseguição ostensiva sublinha a ousadia e a capacidade de retaliação da organização criminosa.

Em resposta à eminente ameaça, Gakiya foi recebido em audiência pelo Procurador-Geral de Justiça (PGJ), que manifestou o apoio irrestrito da instituição ao promotor. Essa demonstração de solidariedade institucional é fundamental para garantir a integridade e a segurança dos membros do Ministério Público que enfrentam pressões e perigos diários em suas funções.

A atuação da célula de elite do PCC, agora sob escrutínio, aponta para um nível de planejamento e sofisticação preocupante por parte da facção. A investigação visava desmantelar esquemas de monitoramento que poderiam comprometer a atuação da justiça e das forças de segurança, expondo vulnerabilidades sistêmicas e a necessidade contínua de aprimorar as medidas de proteção aos agentes públicos.