A greve dos professores da rede municipal de Belo Horizonte chegou ao fim após 29 dias de paralisação. A categoria aceitou a proposta apresentada pela Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), que inclui reajuste salarial e melhorias nas condições de trabalho. A decisão foi tomada em assembleia geral, onde a maioria dos docentes votou a favor do fim da greve. A paralisação, que começou em 15 de maio, afetou cerca de 100 mil alunos da rede municipal, com o fechamento de 100% das escolas e creches durante o período. A greve expôs a vulnerabilidade de muitos alunos que dependem do ambiente escolar para alimentação e segurança, especialmente aqueles que vivem em aglomerados e comunidades carentes. A suspensão das aulas gerou preocupação quanto ao impacto no calendário escolar e no aprendizado dos estudantes, que já vinham sofrendo com as consequências da pandemia de COVID-19. A proposta da PBH, que foi detalhada à categoria, contemplou um reajuste salarial escalonado, além de acordos para aprimoramento da infraestrutura das escolas e a contratação de mais profissionais de apoio. A negociação foi marcada por intensas discussões e mobilizações, com professores acampados em frente à sede da PBH reivindicando melhores condições. Uma audiência pública foi crucial para o desfecho, onde os pontos centrais da proposta foram apresentados e debatidos, levando à suspensão da greve. O encerramento da greve representa um alívio para pais e alunos, mas as discussões sobre a qualidade da educação pública e as condições de trabalho dos professores permanecem como temas centrais para o futuro da educação municipal. A expectativa agora é pelo retorno às atividades escolares e pela recuperação do tempo perdido.