A primeira semana de Jair Bolsonaro em prisão domiciliar tem sido um período de intensa atividade, tanto para o ex-presidente quanto para seus apoiadores e adversários políticos. Relatos indicam que a rotina tem sido pontuada por visitas de políticos e aliados, como Nikolas Ferreira e Valdemar Costa Neto, além de figuras como o ex-ministro da Defesa, general Walter Souza Braga Netto. A permissão para essas visitas está sob análise do Ministro Alexandre de Moraes, que avalia cerca de 20 nomes de pessoas que solicitaram autorização para encontrá-lo. Essa movimentação demonstra a preocupação em manter a comunicação e o senso de liderança, mesmo diante das restrições impostas. O cenário de prisão domiciliar, que remete a uma espécie de exílio forçado no Palácio da Alvorada, tem sido comparado a diferentes ambientes, desde a rotina de quem busca entretenimento em cadeiras gamer até as repercussões políticas de quem ainda busca manter controle sobre a oposição. A própria definição de sua nova realidade, saindo de um ambiente de poder para o recolhimento, levanta discussões sobre o impacto em sua imagem e capacidade de articulação. Foram ventilados relatos sobre o bem-estar de Bolsonaro, com alguns interlocutores descrevendo seu estado emocional como composto, enquanto outros mencionam momentos de choro e apreensão. Essa dualidade nos relatos alimenta o debate público sobre a real condição do ex-presidente e as implicações de sua situação jurídica no cenário político nacional. As estratégias de controle da oposição, mesmo em meio à prisão domiciliar, também têm sido um ponto de atenção, com especulações sobre como Bolsonaro pretende manter sua influência e direcionar os movimentos de seus aliados. A expectativa é que as próximas semanas revelem mais detalhes sobre a articulação política e as consequências de sua prisão, influenciando diretamente o futuro da política brasileira e o posicionamento dos diversos atores envolvidos.