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Prévia da Inflação de Junho: Preços de Alimentos Caem, Mas Energia Elétrica Puxa Alta para 0,26%

A prévia da inflação oficial do Brasil, o IPCA-15, mostrou uma desaceleração em junho, registrando uma alta de 0,26%. Este percentual é inferior às taxas observadas em meses anteriores, indicando um alívio em parte dos componentes que vinham pressionando o bolso dos consumidores. A principal notícia positiva vem do setor de alimentos, que após nove meses consecutivos de altas, finalmente apresentou uma queda em seus preços. Contribuições notáveis para essa redução foram 0;ovo e 0;tomate, itens frequentemente presentes na mesa dos brasileiros e cujas variações de preço têm impacto direto no orçamento familiar. A expectativa é que essa tendência de queda se mantenha, trazendo um respiro para o poder de compra da população.Apesar da melhora nos alimentos, outros setores continuam exercendo pressão inflacionária. O grupo Saúde e Cuidados Pessoais, por exemplo, apresentou uma alta de 0,29% em junho, um ritmo ainda considerável, embora menor que os 0,91% registrados em maio. Essa variação se deve, em parte, aos custos de planos de saúde e medicamentos, cujos reajustes tendem a acompanhar outros índices de custo, mas também podem refletir demandas específicas de saúde. A persistência de aumentos neste grupo demonstra que o controle inflacionário ainda exige atenção em diversas frentes, não se limitando apenas ao varejo alimentar.A energia elétrica foi outro vilão na prévia de junho, puxando a inflação para cima devido à manutenção da bandeira vermelha. Essa bandeira tarifária implica a cobrança de um valor adicional na conta de luz, refletindo o alto custo de geração de energia em períodos de menor disponibilidade hídrica para as hidrelétricas, muitas vezes suprida por termoelétricas mais caras e poluentes. O impacto desse item é sentido diretamente no orçamento das famílias, especialmente aquelas com maior consumo de energia, e pode influenciar outros custos indiretos na economia.O acumulado da inflação em doze meses até junho alcançou 5,27%. Embora abaixo do pico atingido anteriormente, este percentual ainda exige vigilância por parte das autoridades econômicas. A meta de inflação estabelecida pelo Banco Central é um norte para a condução da política monetária, e a persistência de pressões inflacionárias, mesmo que de forma mais branda, justifica a cautela nas decisões sobre taxas de juros e outras medidas de estabilização. A combinação de fatores como câmbio, preços de commodities internacionais e a atividade econômica interna continuam sendo determinantes para o comportamento futuro da inflação no país.