O Presidente do Equador, Daniel Noboa, veio a público nesta semana denunciar uma nova tentativa de assassinato, desta vez por envenenamento. Segundo o mandatário, um plano para introduzir três produtos químicos em geleias e chocolates que ele consumiria foi descoberto. A revelação, feita em entrevista ao jornal ecuatoriano Extra, adiciona um novo e preocupante capítulo à já tensa segurança no país sul-americano. Noboa insinuou que o atentado teria motivações políticas, possivelmente ligadas às duras medidas de segurança que ele tem implementado contra o crime organizado. Essa alegação surge em um contexto de escalada da violência no Equador, que tem levado o governo a decretar estado de emergência e a realizar operações militares em larga escala. A descoberta das substâncias químicas, ainda não detalhadas publicamente pelas autoridades, levanta sérias questões sobre a capacidade de grupos criminosos de infiltrar e atingir altos escalões do poder. A inteligência de segurança equatoriana estaria trabalhando para identificar os responsáveis e a origem dos produtos, em um esforço para garantir a proteção não apenas do presidente, mas também de outras figuras públicas em risco. A estratégia de usar produtos químicos, diferente dos métodos mais violentos usualmente associados a cartéis, pode indicar uma sofisticação crescente e uma tentativa deliberada de desestabilizar o governo por meios menos ostensivos, mas igualmente letais. A rápida resposta e a denúncia pública por parte de Noboa visam também a reforçar a imagem de controle em meio à crise, ao mesmo tempo em que alertam a comunidade internacional sobre a complexidade do cenário de segurança no Equador. A investigação sobre este suposto envenenamento, caso confirmada, terá implicações profundas na condução das políticas de segurança e na confiança pública nas instituições do país.