Presidência da COP30 Foca em Inovações e Agenda de Ação Global para a Conferência em Belém
A presidência da COP30, sediada em Belém do Pará, tem intensificado seus esforços para moldar uma agenda de ação global robusta para a conferência. Através de sucessivas cartas, a organização tem sinalizado uma aposta em inovações consideradas menos disruptivas e, ao mesmo tempo, busca fortalecer a cooperação internacional em um cenário mundial marcado por incertezas políticas e econômicas. A meta é garantir que a conferência de 2025 seja um marco na luta contra as mudanças climáticas, mesmo diante de desafios como a potencial influência de políticas protecionistas em grandes economias e a instabilidade geopolítica global que podem afetar o financiamento e a ambição dos acordos climáticos. A escolha de Belém também ressalta a importância da Amazônia e da necessidade de direcionar o olhar para a proteção de ecossistemas vitais e para as comunidades que dependem deles para a sua subsistência e cultura. A presidência da COP30 tem enfatizado a importância da definição de um Novo Compromisso Global (NDC) aprimorado, que reflita os avanços científicos e as novas tecnologias disponíveis para a transição energética e a adaptação climática. A elaboração de um plano de ação que vá além das promessas, com metas claras e mecanismos de fiscalização eficientes, é crucial para garantir a credibilidade e o impacto da conferência. A busca por um diálogo inclusivo, envolvendo governos, setor privado, sociedade civil e comunidades locais, é vista como fundamental para a co-criação de soluções sustentáveis e justas, que considerem as particularidades e os desafios de cada região, especialmente no contexto amazônico. O apelo da presidência da COP30 para a minimização de efeitos como o possível retorno de políticas que desafiam os acordos multilaterais, como as associadas a uma eventual administração Trump, é um sinal claro da preocupação em manter o ímpeto do multilateralismo em questões ambientais. A ciência tem sido uníssona ao apontar a urgência da ação climática, e a COP30 deve servir como uma plataforma para reforçar a confiança nas instituições globais e nos compromissos assumidos. Dessa forma, a conferência em Belém é vista não apenas como um evento de discussão, mas como um palco para a demonstração de liderança e resiliência diante de pressões internas e externas, reafirmando a importância da colaboração para a construção de um futuro mais sustentável. A COP30 em Belém transcende a discussão sobre florestas, embora a Amazônia seja um chamariz e um símbolo potente das urgências climáticas. A agenda proposta busca englobar uma visão mais ampla de desenvolvimento sustentável, que inclui a transição energética justa, a adaptação às mudanças climáticas e a proteção da biodiversidade em escala global. O sucesso da conferência dependerá da capacidade de traduzir as propostas em ações concretas, que garantam a continuidade dos esforços globais de mitigação e adaptação, mesmo em um cenário mundial complexo e desafiador. A expectativa é que Belém se torne um centro de convergência de ideias e ações para um planeta mais seguro e resiliente.