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Preço do Café Dispara: Dolarização e Crise Climática Elevam Custos para o Consumidor

O preço do café no Brasil registrou um aumento impressionante de 82% nos últimos 12 meses, impactando significativamente o orçamento familiar e a cadeia de consumo. Essa valorização expressiva é multifatorial, tendo como principais catalisadores a dolarização dos custos de produção, que eleva insumos como fertilizantes e combustíveis, e as condições climáticas adversas que afetam a colheita. Os eventos climáticos extremos, como secas prolongadas e geadas, têm sido um fator determinante na redução da oferta de grãos, seja pelo impacto direto na produtividade das lavouras ou pela necessidade de investimentos adicionais em recuperação e manejo. A perspectiva de alívio para o consumidor, com uma possível queda nos preços, é vista apenas a partir de 2026, projetando um cenário de pressão inflacionária contínua para os próximos anos em um dos produtos mais consumidos globalmente. Além da questão climática e dos custos dolarizados, a logística de transporte e armazenamento também contribui para o encarecimento do produto final. A complexidade do cenário global, que inclui flutuações cambiais e tensões geopolíticas, adiciona camadas de incerteza ao mercado de commodities. Produtores buscam alternativas para mitigar os impactos, como o uso de tecnologias mais eficientes e a diversificação de cultivares, mas a resiliência do setor ainda é testada por esses desafios. Para o consumidor, a alta do café representa mais um item na lista de despesas que pesam no bolso. A inflação de alimentos tem sido uma preocupação constante, e o café, sendo um produto de consumo diário, amplifica essa percepção. Acompanhar as tendências do mercado e buscar marcas com melhor custo-benefício pode ser uma estratégia paliativa, mas a solução a longo prazo depende da estabilização da produção global e da redução dos custos de insumos.