PNAD Contínua Trimestral: Desocupação Cai em 18 UFs no 2º Trimestre de 2025
A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua Trimestral), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revelou uma tendência de melhora no cenário do emprego no Brasil durante o segundo trimestre de 2025. A análise dos dados regionais apontou que a taxa de desocupação, que representa o percentual de pessoas procurando trabalho e não o encontrando, diminuiu em 18 das 27 Unidades da Federação. Essa queda generalizada indica uma recuperação e expansão do mercado de trabalho em diversas partes do país, refletindo um ambiente econômico mais favorável ou a efetividade de políticas de geração de emprego.
Um dos indicadores mais preocupantes do mercado de trabalho é o número de pessoas que permanecem desocupadas por longos períodos. Neste trimestre, houve uma redução expressiva de 21% no contingente de trabalhadores que estavam em busca de uma colocação há mais de um ano. Essa redução é um sinal positivo, pois sugere não apenas a criação de novas vagas, mas também a capacidade do mercado em absorver trabalhadores que estavam enfrentando dificuldades prolongadas para encontrar emprego. A diminuição dessa fila de espera por trabalho é crucial para a reintegração social e econômica desses indivíduos.
Complementando os dados de desocupação, a pesquisa também abordou a questão do desalento, que se refere às pessoas que desistiram de procurar emprego. Os dados revelam que Santa Catarina se destaca como o estado com a menor taxa de desalentados do Brasil, demonstrando um bom nível de empregabilidade e confiança no mercado local. Em contrapartida, o Maranhão apresentou a maior taxa de desalentados, indicando que uma parcela maior da população maranhense em idade de trabalhar se encontra fora da força de trabalho por falta de oportunidades percebidas. Essa disparidade regional reforça a importância de analisar as especificidades econômicas e sociais de cada estado.
A melhora generalizada observada na PNAD Contínua Trimestral de 2025, com a queda na desocupação em 18 UFs e a redução no número de desalentados de longa duração, sugere um cenário de otimismo para o mercado de trabalho brasileiro. No entanto, é fundamental que as políticas públicas continuem focadas na geração de empregos de qualidade e na qualificação profissional, visando diminuir as disparidades regionais e garantir que os benefícios dessa recuperação econômica sejam sentidos por toda a população, especialmente pelos grupos mais vulneráveis.