Em um anúncio que sinaliza um forte compromisso com a reindustrialização e a segurança alimentar do país, Magda Chambriard, nova presidente da Petrobras, confirmou a retomada da produção de fertilizantes nitrogenados pelas unidades da estatal. A decisão visa diminuir a expressiva dependência do Brasil em relação às importações desses insumos essenciais para o agronegócio, um dos pilares da economia nacional. A expectativa é que, em um prazo de dois anos, a produção interna de ureia, um dos fertilizantes nitrogenados mais utilizados, consiga suprir cerca de 35% da demanda total do país. Este movimento estratégico não apenas fortalece a balança comercial brasileira, mas também garante maior previsibilidade no fornecimento para os produtores rurais, protegendo-os de flutuações de mercado e instabilidades geopolíticas globais que afetam os preços e a disponibilidade de fertilizantes no mercado internacional. O Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, também reforçou a importância desta medida, destacando que até 2028 a Petrobras terá reduzido substancialmente sua necessidade de importar fertilizantes, consolidando a produção nacional. A UFN III (Unidade de Fertilizantes Nitrogenados III) em Três Lagoas (MS) é uma das instalações chave neste plano de expansão, com previsão de iniciar sua operação e contribuir significativamente para o aumento da capacidade produtiva. Há também estudos para a reativação e otimização de outras unidades já existentes, buscando maximizar a eficiência operacional e a competitividade dos produtos da Petrobras. A retomada da produção de fertilizantes pela Petrobras é vista como um marco no planejamento energético e industrial do Brasil. Para além do impacto econômico direto na balança de pagamentos, a iniciativa gera empregos qualificados e impulsiona o desenvolvimento tecnológico em um setor de alta criticidade para a produção de alimentos. A autossuficiência em fertilizantes é um objetivo estratégico de longo prazo para o Brasil, que possui um dos maiores parques agrícolas do mundo e enfrenta o desafio constante de aumentar sua produtividade de forma sustentável. Com a gestão atual, a Petrobras se posiciona novamente como um agente fundamental na construção dessa soberania produtiva, alinhando-se às metas de desenvolvimento econômico e social do país e fortalecendo o agronegócio nacional frente aos desafios globais. A empresa pretende investir em novas tecnologias e na otimização dos processos existentes para garantir que a produção nacional seja não apenas volumosa, mas também competitiva em termos de custos e qualidade, cumprindo rigorosos padrões ambientais e sociais.