O Conselho de Administração da Petrobras deu um passo significativo para reverter a estratégia de desinvestimento em ativos de distribuição com a aprovação do retorno da companhia à venda direta de gás de cozinha e outros produtos petroquímicos. Essa decisão marca um ponto de virada para a estatal, que havia se afastado desse segmento do mercado, preferindo focar em exploração e produção. A medida visa não apenas recuperar participação de mercado, mas também capturar as margens de lucro geradas na etapa de distribuição, que antes eram repassadas a outras empresas. Espera-se que essa movimentação impacte positivamente os resultados financeiros da companhia nos próximos trimestres, fortalecendo sua posição no mercado interno de combustíveis. A volta da Petrobras à distribuição direta sinaliza uma reavaliação de sua estratégia de negócios sob nova gestão, priorizando a integração vertical e a otimização de suas cadeias produtivas para maximizar o valor para seus acionistas. A estatal busca agora garantir suas portas de entrada e saída no mercado de combustíveis, ampliando seu alcance e controle sobre a comercialização de seus produtos desde a refinaria até o consumidor final, o que pode representar um diferencial competitivo importante em um cenário de alta volatilidade nos preços do petróleo e da demanda por energia. Essa estratégia de retorno à distribuição é vista por analistas como uma tentativa de mitigar os riscos associados à venda de ativos, ao mesmo tempo em que se aproveitam as oportunidades de crescimento em segmentos que historicamente foram rentáveis para a empresa. A iniciativa também pode influenciar a concorrência no setor, com a Petrobras buscando restabelecer sua presença em mercados onde sua atuação direta foi reduzida, o que pode levar a novos dynamics no setor de distribuição de combustíveis no Brasil.