A mais recente pesquisa realizada pela Quaest em parceria com o portal G1 aponta um cenário de recuperação na aprovação do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Os dados, divulgados em agosto, indicam que 46% dos brasileiros avaliam positivamente a gestão atual, um aumento significativo que pode ser atribuído a uma combinação de fatores. A pesquisa detalha que essa melhora é particularmente notável entre idosos, residentes da região Nordeste e beneficiários do Bolsa Família, grupos que historicamente tendem a apresentar maior aderência a políticas sociais e programas de transferência de renda. A ampliação do Bolsa Família e a percepção de melhora na qualidade de vida em algumas parcelas da população parecem ter um impacto direto nessa avaliação. O levantamento também buscou entender a influência de fatores externos e de personalidades políticas na percepção pública do governo. Curiosamente, a pesquisa sugere que a figura de Donald Trump, ex-presidente dos Estados Unidos, e a forte oposição a Jair Bolsonaro, seu aliado político, também contribuíram para a melhora na avaliação de Lula. Essa dinâmica sugere que, em um ambiente polarizado, a rejeição a uma figura política pode fortalecer indiretamente a aceitação de seu principal opositor. A forma como o governo tem se posicionado em relação a esses temas pode ter ressoado com um eleitorado que busca alternativas ao bolsonarismo. No que diz respeito à percepção econômica, a pesquisa da Quaest indica uma leve melhora na queixa em relação ao custo dos alimentos, um dos principais itens do orçamento familiar. Embora a inflação ainda seja uma preocupação, a estabilização ou até mesmo uma ligeira queda em determinados produtos básicos pode ter aliviado a pressão sobre o bolso de muitos brasileiros. Essa percepção de melhora, mesmo que sutil, é crucial para a aprovação de qualquer governo, especialmente em um país com histórico de desafios econômicos. A análise por regiões, gênero, idade, escolaridade, renda e religião, realizada pelo Estadão, G1 e VEJA, revela um retrato multifacetado da aprovação de Lula. Enquanto o Nordeste lidera em aprovação, outras regiões podem apresentar cenários diferentes. Da mesma forma, a escolaridade e a renda podem modular essa percepção, com tendências a serem observadas em cada estrato. Essa granularidade nos dados permite ao governo direcionar suas políticas e estratégias de comunicação de forma mais eficaz para cada segmento da sociedade brasileira, buscando consolidar essa melhora e addressing as preocupações que ainda persistem em outras áreas da economia e do cotidiano. A consolidação dessa aprovação dependerá da capacidade do governo em manter e ampliar as políticas que estão gerando resultados positivos e em responder de forma assertiva às demandas da população.