Uma nova pesquisa CNT/MDA divulgada pelo Estado de Minas aponta para um cenário político complexo em Minas Gerais, com o governador Romeu Zema e o presidente Lula liderando as taxas de rejeição entre os eleitores mineiros. Damião, deputado federal pelo estado, desponta como a principal força de oposição ou alternativa com 42% de avaliação positiva para uma candidatura a governador, o que o coloca em uma posição de destaque no cenário pré-eleitoral. Essa pesquisa, realizada entre os dias 24 e 27 de fevereiro, envolveu 2.000 entrevistados em 31 cidades mineiras, refletindo o sentimento da população em relação às lideranças políticas atuais e potenciais. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos, com um nível de confiança de 95%. A sondagem detalha também as intenções de voto para diferentes cenários, mas o foco principal recai sobre a avaliação de desempenho dos atuais governantes e o potencial de novos candidatos. A aprovação de Damião se contrapõe diretamente à baixa aprovação de Zema e à impopularidade de Lula no estado, sugerindo um eleitorado insatisfeito com o status quo e aberto a novas propostas. A avaliação detalhada do governo Zema mostra que 49% dos mineiros consideram o governo ruim ou péssimo, enquanto apenas 25% o avaliam como ótimo ou bom. Os demais consideram o governo regular. Lula também enfrenta dificuldades, com 36% avaliando negativamente seu governo e apenas 26% positivamente, sendo que 38% consideram o governo regular. Esses índices de rejeição, especialmente para o governador, podem indicar uma oportunidade para as oposições apresentarem alternativas viáveis para a sucessão estadual. O cenário é particularmente interessante considerando a polarização política nacional que se reflete também nos estados, onde as figuras presidenciais tendem a influenciar o desempenho estadual. A pesquisa revela um eleitorado mineiro em busca de respostas e que pode estar menos inclinado a seguir a linha partidária nacional exacerbada no último pleito. A musculatura política de Damião, portanto, demonstra sua capacidade de transitar em diferentes espectros e cativar parte do eleitorado insatisfeito com os atuais modelos de gestão, o que será fundamental para futuras disputas eleitorais. A análise desses dados é crucial para as estratégias partidárias, uma vez que revelam as fragilidades de alguns e as potenciais fortalezas de outros, moldando o ambiente político para os próximos anos.