Perícia Confirma Adição de Metanol em Bebidas Falsificadas em SP
Uma perícia recente realizada em São Paulo trouxe um esclarecimento crucial sobre a crise de contaminação por metanol que assola o estado: a substância não surgiu de um processo natural de destilação, mas sim de uma adição deliberada. Esta descoberta, divulgada pela CNN Brasil e G1, aponta para um ato intencional de falsificação com potencial letal. A investigação reforça a gravidade da situação, onde milhares de garrafas foram adulteradas com uma substância perigosa, levando a óbitos e intoxicações graves entre os consumidores. A força-tarefa segue atuando para identificar e desarticular essas redes criminosas.
A operação policial em São Paulo resultou na apreensão de 316 mil rótulos e expressivas 3 mil bebidas falsificadas, conforme noticiado pela CNN Brasil. Paralelamente, o Estadão informou sobre a descoberta de um galpão clandestino em São Paulo onde mais de 100 mil garrafas vazias foram encontradas. Estes vasilhames seriam reutilizados para o envase fraudulento de bebidas adulteradas, indicando a sofisticação e a escala das operações criminosas. A logística por trás da falsificação, do reabastecimento dos recipientes à aplicação de rótulos fraudulentos, demonstra organização e um alto grau de planejamento.
A crise do metanol tem gerado um balanço preocupante de casos. Em 7 de outubro, a Agência SP reportou que os casos descartados por contaminação em São Paulo haviam subido para 85, um número que reflete a ampla disseminação das bebidas falsificadas. A força-tarefa, em sua atuação contínua, apreendeu cerca de 100 mil vasilhames, buscando interromper o ciclo de produção e distribuição dessas substâncias nocivas. A investigação aprofunda-se na identificação dos pontos de origem e dos responsáveis pela fabricação e comercialização das bebidas adulteradas, envolvendo autoridades sanitárias e de segurança pública.
As autoridades reiteram o alerta à população para que evite o consumo de bebidas alcoólicas de origem duvidosa ou adquiridas em estabelecimentos não regulamentados. A adulteração com metanol, um subproduto do processo de destilação de combustíveis e solventes, pode causar cegueira, danos neurológicos irreversíveis e até mesmo a morte. A rápida disseminação da informação e a colaboração da sociedade são essenciais para a prevenção de novas vítimas e para o sucesso das investigações em curso, que visam desmantelar completamente essa perigosa rede de falsificação.