A recente canonização de Carlo Acutis pelo Papa Leão XIV representa um marco notável na história da Igreja Católica, especialmente por se tratar do primeiro santo millennial. A cerimônia, que contou com a presença emocionada de sua mãe, Angelicazzi Acutis, celebrou a vida e o legado deste jovem que dedicou sua curta existência à fé e à tecnologia. Apesar de sua morte precoce aos 15 anos devido à leucemia, Carlo Acutis deixou uma profunda marca na evangelização digital, utilizando suas habilidades em computação para criar sites religiosos e compartilhar conteúdo sobre a fé de maneira inovadora. Sua trajetória inspirou muitos, que o reconhecem como um modelo de santidade adaptada aos tempos modernos, onde a internet e as redes sociais desempenham um papel central na comunicação e no acesso à informação. O processo de canonização, que culminou com a cerimônia solene, envolveu diversas etapas de análise teológica e a comprovação de milagres atribuídos à sua intercessão, conforme explicado por teólogos, que ressaltam a diferença entre beatificação e canonização. A beatificação é o reconhecimento de que uma pessoa viveu em virtude heroica e pode ser venerada em um contexto mais restrito, enquanto a canonização é a declaração formal de santidade, permitindo que o fiel seja venerado universalmente pela Igreja. A celebração em São Paulo, com fiéis fantasiados como o Homem-Aranha e a montagem de uma cabine fotográfica, demonstra a forma como a figura de Acutis ressoa de maneira especial, especialmente entre os jovens, que veem nele um exemplo de como conciliar a fé com os interesses contemporâneos. Essa manifestação popular evidencia a conexão profunda que Carlo Acutis estabeleceu com a comunidade, transcendo os limites tradicionais das cerimônias religiosas e abraçando a cultura pop de maneira significativa. Sua canonização não é apenas o reconhecimento de sua santidade, mas também um convite para que os fiéis, especialmente os mais jovens, encontrem caminhos inovadores para viver e propagar a fé na era digital.